04 de abril, de 2025 | 08:45

Mulher que perdeu a perna em acidente está sem benefício social e não tem condições de trabalhar

Isabelly Quintão
Cátia ainda não arrecadou o valor necessário para comprar a prótese, que custa de R$ 40 a R$ 70 milCátia ainda não arrecadou o valor necessário para comprar a prótese, que custa de R$ 40 a R$ 70 mil
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Cátia Souza da Silva, de 43 anos, e sua filha Ana Carolina Silva Cipriano, de 11 anos, foram vítimas de um acidente envolvendo duas motocicletas no bairro Canaã, em Ipatinga, no início de fevereiro. As duas tiveram lesões graves, foram hospitalizadas, sobreviveram e ficaram acamadas. Cátia precisou amputar parte da perna direita e a família está com uma campanha em aberto para comprar uma prótese. Os familiares carecem de ajuda financeira, visto que a mulher não tem mais condições de trabalhar e ainda não conseguiu benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em entrevista à reportagem do Diário do Aço, Cátia contou que, durante uma consulta de rotina para conferir como estava o ferimento da amputação, o médico disse que ela precisaria ficar internada, visto que a ferida criou uma crosta que podia estar até mesmo infeccionada. Imediatamente, a internação foi feita, e a mulher passou por um desbridamento (raspagem da crosta). Após sua internação, ela recebeu um atestado médico e conseguiu um afastamento de somente 15 dias pelo INSS.

“Na decisão do INSS, constava que eu só poderia entrar com um novo afastamento a partir do fim de março. Neste período, entrei em contato com eles para agendar uma perícia presencial, e a mais próxima que consegui foi em Timóteo, no mês de julho. Ou seja, de março até julho, eu não vou ter pagamento nenhum. Em julho, o perito irá avaliar se eu terei o benefício e quantos dias de afastamento vai me dar novamente”, explicou.

Ajuda financeira
Por esse motivo, a mulher conta com a solidariedade da população do Vale do Aço. “Quando sofremos um acidente, não é só em um médico que precisamos ir, há vários tratamentos. Faço várias sessões de hiperbárica, que não são baratas, para cicatrizar mais rápido, porque senão, terei que amputar a perna de novo, e começar o procedimento mais uma vez, e seria um sofrimento muito grande para mim”, afirmou.

Ela destacou a urgência de sua situação, afirmando que sua filha também precisou fazer terapia, que foi custeada pela família. “Até hoje, minha menina se encontra sem andar. Ela é uma boa aluna, e a escola faz o possível para ajudar com os estudos, que são feitos dentro de casa”, detalhou.

Ademir Pereira Cipriano, marido de Cátia, trabalha como agente industrial na área de vigilância em uma produtora de aços de Timóteo, e voltava do serviço quando se deparou com a cena do sinistro. Ademir conseguiu adiantar suas férias para cuidar da esposa e filha, mas já retornou ao trabalho. Os familiares contam com o auxílio de outras pessoas para fazer as tarefas do dia a dia, assim como relatou Cátia.

“Eu não consigo sair de casa sozinha, minha menina também não. Precisamos de ajuda até para ir ao banheiro, tomar um banho. Tudo precisa de acompanhante. Estamos em uma campanha para ajuda financeira, quem sentir no coração e tiver a sensibilidade de nos ajudar, contamos com isso, porque a luta não está sendo fácil”, enfatizou.


A vítima ainda não obteve o valor da prótese, que custa em torno de R$ 40 a 70 mil. “Já liguei para alguns lugares que vendem, estamos pesquisando. Nossa rotina está bem difícil. Vem pessoas de fora para nos ajudar, como minha mãe, que mora em Belo Oriente, e minha irmã, que mora no Paraná”, concluiu.

O acidente
Isabelly Quintão
Mãe e filha transitavam nesta motocicleta pelo bairro Canaã, quando foram atingidas por outra motoMãe e filha transitavam nesta motocicleta pelo bairro Canaã, quando foram atingidas por outra moto

Na noite do dia 4 de fevereiro, mãe e filha transitavam em uma motocicleta no Canaã, quando foram atingidas por outra moto, conduzida por um indivíduo de 25 anos, em fuga da polícia pelas ruas da localidade. Ele foi avistado pilotando uma Titan CG 150 com capacete levantado e fumando um cigarro de maconha, na rua Ester. Policiais militares deram ordem de parada, mas o condutor não acatou o comando e tentou fugir, acidentando-se com as vítimas, que iam para a igreja, no cruzamento entre as ruas Macabeus e Siquem, após não obedecer à parada obrigatória. Ele não era habilitado para conduzir motocicletas e também precisou ser hospitalizado.

Como ajudar?
Os interessados em contribuir podem fazer transferências para o Pix 64552187600, conta aberta na Caixa Econômica Federal em nome de Creuza Souza da Silva.

Já publicado:
-Motociclista inabilitado foge de abordagem da PM e bate em moto com mãe e filha no Canaã, em Ipatinga
-Mãe e filha, vítimas de acidente de moto no Canaã, pedem ajuda para tratar graves lesões
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Comentários

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Dudu

04 de abril, 2025 | 10:58

“Só entrar com processo pedindo uma pensão para o meliante que causou o acidente, e que se estende a família dele, poque com certeza ele não trabalha, e quem tem que pagar os danos é a família que não deu criação suficiente para se tornar uma pessoa de bem.”

Jota - Jota

04 de abril, 2025 | 09:22

“NÃO CONSIGO ENTENDER ESTE PAÍS : AS VITIMAS E FAMILIARES FICAM À MERCÊ DE AJUDA DA SOCIEDADE, ENQUANTO OS RÉUS( SE PRESOS ) E FAMILIARES RECEBEM AUXILIO RECLUSÃO.
ONDE ESTÃO OS PARLAMENTARES ???? ONDE ESTÁ A REFORMA DO CÓDIGO PENAL? ....1940 ? AJUDA AÍ : DEPUTADOS, SENADORES, EXECUTIVO, JUDICIÁRIO ( SÓ MAMANDO NAS GORDAS TETAS DO PODER ).”

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