01 de março, de 2025 | 08:50
Mãe e filha, vítimas de acidente de moto no Canaã, pedem ajuda para tratar graves lesões
Enviada ao Diário do Aço
Cátia, que precisou amputar parte da perna direita, retornou do hospital há cerca de uma semana e meia
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço 
Cátia Souza da Silva, de 43 anos e Ana Carolina Silva Cipriano, de apenas 11 anos, precisam da ajuda da população do Vale do Aço. As duas foram vítimas de um acidente de trânsito no bairro Canaã, em Ipatinga, na noite de 4 de fevereiro. As duas transitavam em uma motocicleta na localidade, quando foram atingidas por outra moto, conduzida por um indivíduo, de 25 anos, em fuga da polícia pelas ruas do Canaã.
Ele foi avistado pilotando uma Titan CG 150 com capacete levantado e fumando um cigarro de maconha, na rua Ester. Policiais militares deram ordem de parada, mas em vez de acatar o comando, o condutor iniciou uma fuga enlouquecida pelas ruas do bairro, e no cruzamento entre as ruas Macabeus e Siquém, o motociclista não respeitou a parada obrigatória e bateu violentamente na moto ocupada por mãe e filha, que estavam a caminho de uma igreja. O jovem motociclista que causou o acidente não é habilitado para conduzir motocicletas. Ele também sofreu ferimentos graves e necessitou ser hospitalizado.
A mulher e a criança tiveram lesões graves, foram hospitalizadas, sobreviveram ao acidente e agora estão acamadas. A família de Cátia faz uma campanha para comprar uma prótese, visto que ela, a mãe, precisou amputar parte da perna direita. Em entrevista à reportagem do jornal Diário do Aço na tarde de quinta-feira (27), Cátia relatou o ocorrido. Eu estava saindo de casa, moro no bairro Caravelas, e ia levar minha menina para a igreja no Vila Celeste. Quando, de repente, ali no Canaã, foi vítima desse acidente. Eu tinha acabado de sair de casa, mais ou menos, há uns cinco minutos. Eu sou uma pessoa muito experiente no trânsito, nunca havia sofrido nenhum tipo de acidente. Quebrei minha bacia, tive uma fratura exposta no braço e tive que amputar minha perna direita. A minha filha teve os dois fêmures, o braço e o pé quebrados”, detalhou Cátia.
A mãe, que trabalha como auxiliar de escritório, alegou que não poderá exercer a profissão enquanto não conseguir a prótese. Eu saí do hospital há cerca de uma semana e meia. Minha filha saiu do hospital domingo agora, dia 23. Eu trabalho no segundo andar e teria que subir uma escada para poder chegar na minha sala para trabalhar”, detalha.
Por esse motivo, a família conta com a solidariedade de quem puder contribuir. Nosso estado de saúde é estável, mas vamos precisar de psicólogo e fisioterapeuta para reabilitar (nos reinserir) novamente à sociedade. Como amputei meu pé direito vou precisar de uma prótese. A população do Vale do Aço pode me ajudar de várias formas. Tenho uma campanha, que é uma vaquinha solidária, divulgando um Pix. Se as pessoas quiserem, também podem doar fraldas, as coisas que a gente precisa no dia a dia”, pediu a mulher.
Os interessados em contribuir podem fazer transferências para o Pix 64552187600, conta aberta na Caixa Econômica Federal em nome de Creuza Souza da Silva.
Marido presenciou a cena do acidente
Anderson Figueiredo
Ademir ajudou a socorrer a esposa e a filha no momento do acidente, na noite de 4 de fevereiro
Ademir Pereira Cipriano, marido de Cátia, trabalha como agente industrial na área de vigilância em uma produtora de aços de Timóteo, e voltava do serviço quando se deparou com a cena do sinistro. Eu estava vindo do trabalho, sentido Caravelas, quando me aproximei do cruzamento do Caravelas com o Canaãzinho e vi um acidente gravíssimo, em que duas motos colidiram. Parei para observar o que estava acontecendo, e quando abri a porta do carro, me deparei com a minha família, minha esposa e minha filha arremessadas, caídas sobre o solo. O pessoal do Samu fez o resgate rápido e preciso, a polícia também deu todo o apoio que tinha que dar, e fui amparado por paramédicos que passavam no local e conferiram os batimentos. No momento do deslocamento do local para o hospital eu acompanhei minha esposa e minha filha”, relatou ao Diário do Aço. 
Eu passei boa parte acompanhando no hospital, com os médicos informando sobre a gravidade. Para mim não foi fácil, foi muito difícil para o lado emocional. Mas abraçamos a causa e estamos cuidando delas. As duas estão muito dependentes de nós, com muita dificuldade. Contamos com aqueles que puderem nos ajudar com medicamentos, fraldas, utensílios para manter a higiene... Para nós vai ser muito útil. Também será muito dificultoso o deslocamento para fazer fisioterapia e precisaremos de muita força. Por isso pedimos ajuda para aqueles que podem nos ajudar no dia a dia”, acrescentou.
Vítimas foram acolhidas por familiares
Anderson Figueiredo
Ana Carolina tem apenas 11 anos de idade e está acamada devido à gravidade das lesões
Priscila Karla é irmã de Cátia e mora com o marido em Guarapuava, no Paraná. Atualmente, está em Ipatinga para ajudar a cuidar da irmã e da sobrinha. A mãe das duas mulheres mora em um sítio próximo a Ipatinga e estava na casa de Priscila, no Sul, dias antes do acidente. No dia do sinistro, a filha levava a idosa até São Paulo a passeio. 
A minha mãe tinha me acompanhado até o Paraná, na minha casa. Quando tinha passado 15 dias ela ia retornar para Minas, fomos até São Paulo, porque ela ia passar para ver uma amiga. De São Paulo, ela voltaria sozinha para Minas e eu para o Paraná. O acidente foi no mesmo dia que chegamos a SP, e eu recebi a notícia no momento. Mas como minha mãe é de idade, não pude contar para ela direito. Só falei que tinha acontecido, mas minha irmã estava normal, e que eu a acompanharia até Ipatinga, caso precisasse de alguma coisa. Quando chegamos aqui, juntaram o pastor e outras pessoas mais íntimas para dar a notícia, e ela passou mal. E foi o que a gente já tinha imaginado, por causa do susto, até porque faz uns dois anos que meu pai faleceu de acidente também”, finalizou.
Leia e entenda o caso:
- Motociclista inabilitado foge de abordagem da PM e bate em moto com mãe e filha no Canaã, em Ipatinga
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Justo
06 de março, 2025 | 10:20Seria justo a justiça obrigar o vagabundo ressarcir as vítimas, que a família venda o que tem pra pagar os custos das vítimas.”
Paulo
02 de março, 2025 | 06:40Um suspense paira no ar: E o seguro dpvat serve pra que mesmo? Me esqueci, não existe mais dpvat.”
Sabrina
01 de março, 2025 | 13:17A família do autor do acidente pagar as despesas,se não o prefeito de Ipatinga é só cancelar o show de dois milhões do aniversário de Ipatinga.”
Ajuda
01 de março, 2025 | 10:41Concordo que temos que ajudar. Mas, cadê o motoqueiro inabilitado? Ele tem que ser a pessoa que mais tem que ajudar. Se ele não tem condições, que a família dele que pague. Não podemos sair ilesos nesta situação.”