11 de fevereiro, de 2025 | 18:00
Estelionatários que aplicavam golpes no Vale do Aço são de Belo Horizonte
Divulgação PMMG
Moto usada pelo estelionatário confesso que as quinquilharias que ele simulava entregar, com o objetivo de fazer a foto usada no reconhecimento fácil das vítimas

Marginais que aplicavam golpes em moradores do Vale do Aço são de Belo Horizonte, um foi preso e outros dois identificados. Na tarde de segunda-feira (10), um dos criminosos em uma motocicleta Honda CG 160 foi cercado por policiais militares e preso, depois de ser visto na região do distrito de Melo Viana, em Coronel Fabriciano e Recanto Verde, em Timóteo.
O outro, que também usava uma Honda CG 160, conseguiu escapar. A polícia já sabe que há um terceiro envolvido, que fica em Contagem (MG). O golpista preso tem 23 anos, confessou que é de Belo Horizonte, estava desempregado, necessitou 'fazer um dinheiro' e associou-se a um grupo que aplicava o golpe da foto ou golpe do reconhecimento facial.
Em entrevista ao Diário do Aço, o tenente PM Vinícius informou que se trata do golpe em que os marginais simulam a entrega de um brinde e, para confirmar a entrega, é necessário que o entregador faça uma fotografia da pessoa. A essa altura, o estelionatário já tem todas as informações da pessoa (nome, CPF, endereço e outros dados). Com a foto, conseguem abrir conta em banco digital utilizando um aparelho celular. Entretanto, é necessária a foto para a confirmação do titular. Veja, mais embaixo, o vídeo com a entrevista completa.
Nas duas semanas anteriores várias pessoas procuraram a polícia para denunciar que foram vítimas deste esquema. Outras podem ter sido vítimas e nem sequer saber disso.
Ficou apurado que, enquanto os comparsas iam à residência das vítimas, principalmente idosos, outros membros da organização criminosa efetivavam a abertura da conta, contratando empréstimos em nome das pessoas e, imediatamente, faziam a transferência para outros membros da organização, deixando uma dívida em nome das vítimas.
Para conseguir se aproximar das vítimas, os criminosos simulavam entregas dos Correios e de lojas como as Casas Bahia, de diversas quinquilharias, como brindes. Quando era uma residência de uma mulher, ele entregava utensílios domésticos, jogos de copos, jogos de panela e de ornamentação. Quando a vítima era um homem, eles entregavam kits de ferramentas. Então, são objetos que aguçam a atenção das pessoas para ele conseguir ganhar confiança e fazer a fotografia”, detalha o militar.
A polícia reforça a orientação para que as pessoas não recebam supostos brindes ou benefícios.
Se por ventura chegou alguém para fazer alguma entrega em sua casa e você não fez nenhuma compra, recuse. Entre em contato com o estabelecimento comercial, procure saber se realmente essa pessoa é um funcionário da empresa. Havendo dúvida, ligue para a Polícia Militar pelo telefone 190. De forma alguma permita que o suposto entregador faça fotos. Entregadores das empresas de logística não fazem foto do rosto das pessoas, apenas da assinatura de quem recebe encomendas”, enfatiza a campanha da PMMG.
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Sabonete
12 de fevereiro, 2025 | 20:28Se eu não comprei nada....eu nem abro o portão.”