31 de janeiro, de 2025 | 15:00
Justiça determina bloqueio de R$ 18 mil a América Vistos em ação movida por cliente
Ações contra calote dado por empresa que prometia 'visto aprovado ou o seu dinheiro de volta' precisam ser ingressadas individualmente na Justiça
Repórter Matheus ValadaresReprodução
Empresa tinha várias unidades no Vale do Aço e prometia: 'visto aprovado, ou o seu dinheiro de volta', mas fechou as portas e deixou centenas de pessoas no prejuizo

A Justiça da Comarca de Ipatinga determinou o bloqueio da quantia de R$ 18.228 nas contas da América Vistos Assessoria e de seu sócio majoritário, Vanderson Barros, em virtude de um processo movido por um dos clientes lesados pela empresa, que fechou as portas, conforme noticiado pelo jornal Diário do Aço em agosto de 2024. O valor é referente ao prejuízo financeiro, ao contratar os serviços da empresa, que fechou abruptamente e deixou danos a diversos contratantes.
A medida foi assinada por José Carlos de Matos, juiz da Unidade Jurisdicional do Juizado Especial - 2º JD Comarca de Ipatinga. Defiro a tutela de urgência de natureza cautelar para determinar o bloqueio da quantia de R$ R$ 18.228,00 nas contas da parte demandada via SisbaJud. Caso o bloqueio seja frutífero, o montante deverá permanecer em conta judicial remunerada”, afirma a decisão à qual o Diário do Aço teve acesso.
A reportagem também apurou que, até o momento, apesar de deferida, a pesquisa ainda não foi feita. Também foi determinada a pesquisa, para que se possível, seja feito o bloqueio via Renajud, de veículos pertencentes aos requeridos, colocando impedimento de transferência e circulação, a fim de garantir que nenhum patrimônio seja dissipado.
O juiz também estabeleceu a expedição de ofício à Polícia Federal (PF), solicitando informações sobre eventual registro de saída do sócio da empresa do território nacional, a fim de verificar a procedência da informação sobre sua possível migração para o exterior”.
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Justificativa do cliente
A vítima, um homem de 56 anos, contratou a empresa em 28 de dezembro de 2022, para prestar serviços de assessoria para a solicitação de vistos americanos. Inicialmente, foi pago 14.900 pelo serviço de assessoria para obtenção de quatro vistos americanos, valor referente à execução de todas as etapas do processo, bem como transporte e hospedagem para a realização da entrevista no consulado.
Além disso, também pagou a quantia de R$ 3.328, referente às taxas do CSTA (Consular Section Registration and Appoiment), vinculadas à marcação da entrevista junto ao consulado.
Durante algum tempo, a ré prestou serviços de forma satisfatória, com atendimento eficiente e suporte adequado. Contudo, em julho de 2024, a ré cessou a comunicação com o autor e sua família, gerando preocupação quanto ao andamento do processo. O autor tentou contato com a empresa diversas vezes, porém tomou conhecimento de que a ré encerrou suas atividades sem qualquer aviso prévio aos consumidores, ou seja, encerrando suas atividades de forma irregular”, explana a peça produzida pelo advogado Vitor Almeida.
Assim, é alegado que o cliente e os familiares beneficiários ficaram desamparados, sem condições de organizar por conta própria a viagem para a entrevista, tampouco sem o treinamento adequado, o que gerou consideráveis transtornos e prejuízos.
A situação causou profunda frustração e sofrimento emocional, principalmente pelo fato de que o objetivo da viagem era o reencontro com familiares residentes nos Estados Unidos e viagem de férias com os filhos, o que foi inviabilizado pela negligência da ré. A ausência de comunicação, a perda da entrevista consular e o encerramento abrupto das atividades da empresa, sem qualquer suporte ou esclarecimento, caracterizam dano moral, justificando a reparação correspondente. O autor e sua família, com dificuldades para organizar a viagem por conta própria, depositaram total confiança na empresa ré, que inicialmente prestou bons serviços, criando legítimas expectativas quanto à conclusão do processo de obtenção do visto”, explica em processo.
Relembre o caso
Conforme noticiado pelo Diário do Aço à época, a empresa, que tinha filiais em Ipatinga, inclusive no shopping, fechou todas as suas unidades. Diversos clientes registraram ocorrências junto à Polícia Militar e alegaram que foram vítimas de estelionato.
A empresa havia avisado, em resposta a um questionamento do jornal, que passou a atender somente on-line. Entretanto, posteriormente, os clientes voltaram a reclamar que não tinham conseguido o atendimento prometido pela empresa. Pelo contrário, a empresa continuava a oferecer os seus serviços, por telefone. Alguns dias depois os telefones informados também pararam de funcionar.
Já publicado:
Empresa de vistos que fechou as portas em Ipatinga não se manifesta judicialmente, afirma advogada de vítimas
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Parafuso Aveludado
31 de janeiro, 2025 | 17:27Krenak e Mariane, esse mesmo cidadão aí processado, foi quem em 2007 abriu uma loja de 10 reais em Coronel Fabriciano e uma Choperia denominada Choperia Mineira, uma do lado da outra e posteriormente depois de pegar o dinheiro do lucro de seu comércio fugiu e deixou seus funcionários sem pagamento e no prejuízo. Décadas depois abriu-se essa empresa de visto e fizeram a mesma coisa. No Brasil a,impunidade reina e por isso situações assim se repetem rotineiramente.”
Krenak
31 de janeiro, 2025 | 15:28Só ambicioso levou pernada dessa turma, a ambição de conseguir algo com o famoso jeitinho brasileiro, pagando pra passar por cima da lei, pessoas. Filas e conseguir primeiro que o outro, fez esse povo acreditar em fadas e saci... O povo nunca aprende, amanhã o mesmo dono retorna, abre outra e os mesmos ambiciosos caem de novo... Pois a vontade de levar alguma vantagem os motiva a serem enganados...”
Mariane
31 de janeiro, 2025 | 10:27Meu irmão perdeu dinheiro, mais de 30 mil, pois buscava vistos para ele, minha cunhada e tres filhos. Esse fdp ainda vai ser encontrado e vai pagar pelos danos que causou a tanta gente.”