09 de janeiro, de 2025 | 08:45

Em meio à possibilidade de greve, Usiminas e sindicato se reúnem nesta quinta-feira

Alex Ferreira/Arquivo DA
Partes tentam chegar a um acordo e fechar a Campanha Salarial 2024/2025 em IpatingaPartes tentam chegar a um acordo e fechar a Campanha Salarial 2024/2025 em Ipatinga

Representantes da Usiminas e do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa) têm uma reunião pré-agendada para esta quinta-feira (9), às 9h, em que deve ser apresentada uma nova contraposta por parte da empresa, referente à Campanha Salarial 2024, que tem como data base 1º de novembro passado. Por causa do impasse na negociação, os metalúrgicos aprovaram em assembleia, dia 3/1, a implementação do estado de greve, conforme noticiado pelo Diário do Aço.

Segunda-feira (6), as duas partes chegaram a se reunir, mas não chegaram a um acordo. Geraldo Magela, presidente do Sindipa, afirmou ao Diário do Aço que a expectativa é que haja uma proposta que possa ser levada à assembleia para decisão dos metalúrgicos.

“Espero que seja rápido porque não tem muito argumento nem de um lado e nem de outro. Caso a proposta seja considerada ruim, nós vamos rejeitar na mesa, vamos para as portarias continuar a mobilização dos trabalhadores para a gente poder fazer a greve até que ela [Usiminas] faça uma nova proposta. O que pode ser vantajoso para os trabalhadores é justamente o reajuste que vale a pena, tanto no Vale Alimentação, como também no salário”, afirmou.

O que diz a Usiminas?

Em nota, a Usiminas afirma que “continuará o processo de diálogo com o sindicato com o objetivo de construir uma proposta que esteja alinhada aos limites financeiros da empresa e à realidade do mercado do aço e também concilie as necessidades dos colaboradores”.

Qual é a proposta rejeitada
A proposta rejeitada pelos empregados no dia 10 de dezembro de 2024 contemplava, entre outras cláusulas, reajuste salarial de 0,57% de aumento real, além da reposição 4,6%, referente às perdas medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumento de R$ 50 no Vale Alimentação, o que elevaria o benefício a R$ 600. Também foi recusado o parcelamento das férias.

Outra proposta recusada em mesa
Conforme noticiado pelo Diário do Aço anteriormente, no dia 19 de novembro, o Sindipa rejeitou em mesa a proposta apresentada pela Usiminas, não convocando assembleia junto aos empregados.

A empresa ofereceu um reajuste salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a partir de 1º novembro (data-base da categoria); piso salarial R$ 2.031,96 a partir de novembro; divisão de férias em três períodos (se o trabalhador optar); vale-alimentação de R$ 550 a partir de fevereiro e carga extra de R$ 500 a partir de fevereiro.

Greve construída
Conforme divulgado pelo Diário do Aço dia 3/1, os metalúrgicos aprovaram em assembleia a implementação do estado de greve. De acordo com Geraldo Magela, o estado de greve não é imposto aos funcionários, e sim, construído de forma gradativa, e caso a proposta da Usiminas seja levada a assembleia e rejeitada, a entidade vai conversar com os operários para que a medida seja tomada, com o objetivo de fazer com que a siderúrgica chegue a termos, ao menos próximos, do pretendido pela classe.

“A gente vai construindo a greve, a gente vai mobilizando os trabalhadores para poder cruzar os braços porque é a única forma de conseguir convencer as empresas que precisam valorizar seus trabalhadores. Nós vamos mobilizar até que pare todo mundo e mostre para a empresa o valor que tem cada um. Não temos nenhuma pressa para fazer a greve, nós vamos convencer os trabalhadores da importância deles e que se eles cruzarem o braço, as empresas vão ter que ceder e pagar melhor”, defendeu o líder sindical.
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