25 de agosto, de 2024 | 09:00
Na RMVA, maior parte dos suspeitos de violência contra pessoa com deficiência são os próprios filhos das vítimas
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do AçoA Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) conta com 156 denúncias de violência contra pessoas com deficiência (PcD). É o que indica o painel de dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) do governo federal. Na ferramenta é possível visualizar também que há uma predominância de suspeitos com relação familiar com a vítima. Inclusive, ela detalha que a maior parte dos agressores são os próprios filhos das vítimas. O painel é aberto para consultas no portal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Conforme apurado pela reportagem do Diário do Aço, em Ipatinga, há 103 denúncias desse tipo de ferimento de direito humano, assim como demonstra as informações atualizadas no dia 13 deste mês. Na cidade, os suspeitos que aparecem com maior destaque podem ser filhos, irmãos, mãe, sobrinho, tio e cunhado das vítimas.
No município, a maioria das vítimas também tem deficiência mental e intelectual. Deficiências físicas e motoras, bem como auditivas, também aparecem como principais no painel.
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No caso de Coronel Fabriciano, são 42 denúncias. O número é resultado de uma extração de dados do dia 8 deste mês. Os filhos são os principais suspeitos dos casos de pessoas com deficiência que passam por violações. Eles são acompanhados de irmãos, mãe e genro ou nora. Quanto às vítimas, a maior parte tem deficiência física e motora, assim como auditiva e visual.
Timóteo, por sua vez, já recebeu 33 denúncias até o dia 7 de julho. De modo similar, o município tem os filhos como principais suspeitos de violência contra PcD, seguidos de mãe, irmão e pai. Neste caso, a maioria das vítimas tem autismo. Vítimas com deficiência física e motora também fazem parte daquelas que sofrem a maioria das agressões.
Por fim, em Santana do Paraíso foram apenas seis denúncias desse tipo de violência. Os dados receberam atualização em 11 de julho. Na localidade, as vítimas mais frequentes nos casos são as que têm deficiência física e motora. Da mesma forma que as demais cidades da região, a relação do suspeito com quem sofre agressão que tem mais predominância é de filho. Irmãos e primos também são apontados como principais.
Todos esses registros foram de atendimentos pelo Disque 100, um canal que recebe e encaminha para os órgãos responsáveis as denúncias que dizem respeito à violação de direitos humanos. É possível denunciar de forma gratuita e anônima, caso haja necessidade.
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