23 de agosto, de 2024 | 08:00

Ideb aponta escolas com melhores resultados nos anos iniciais do ensino fundamental da região

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 mostra quais são as melhores escolas dos anos iniciais do ensino fundamental na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA). Conforme já publicado pela reportagem do Diário do Aço, aquela que representa Ipatinga com maior resultado é a Escola Estadual Engenheiro Márcio Aguiar da Cunha (8,2). Já no caso de Timóteo, é a Escola Estadual Tenente José Luciano (7,6). Em Coronel Fabriciano, a Escola Municipal Said Albeny (7,0). E em Santana do Paraíso, a Escola Municipal Josefino Anício de Oliveira (6,5).

O índice foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ele é o principal indicador da qualidade do ensino básico, público e privado do Brasil, variando numa escala de 0 a 10. Na semana que passou, o Ministério da Educação (MEC) divulgou essas informações. Já os resultados regionais que abrangem os anos iniciais do ensino fundamental (que termina no atual 5º ano, antiga 4ª série), foram levantados pelo geógrafo e coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço/IFMG Ipatinga, William Passos, e enviados ao jornal.

No município timoteense a Escola Estadual teve a mesma pontuação que a E.E.Tenente José Luciano, enquanto em Fabriciano as escolas Senador Zé Alencar e Prof. Francisco Letro também apresentaram o mesmo resultado que a E.M. Said Albeny.

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Em entrevista ao Diário do Aço, William destacou que o Ideb é o principal retrato que existe sobre o panorama da educação brasileira, especialmente da educação pública.

“Por isso, é importante aprofundar a compreensão, por meio de estudos científicos, sobre as causas que levam ao aumento do Ideb nas escolas e sobre as reais razões de algumas escolas terem desempenho melhor que outras. Algumas causas generalizadas já conhecemos, como o interesse dos estudantes em aprender. Sabemos que esse interesse, de maneira geral, é maior entre estudantes com pais mais escolarizados e que vivem num ambiente familiar que proporciona maior transmissão de ‘capital cultural’. São estudantes que têm uma maior compreensão sobre a importância da escola como ‘escada' para uma profissão futura, que ofereça um nível de renda confortável”, pontuou.

“Entretanto, faltam estudos mais conclusivos sobre o impacto de fatores mais individualizados, tanto no que diz às escolas quanto no que diz respeito aos estudantes. E talvez o mais importante: falta um maior compartilhamento das melhores práticas para que escolas com melhor desempenho aprendam com outras que não estejam satisfeitas com seu resultado. Em ano eleitoral, é muito importante que isso seja trazido para o debate público. A entrega de uma boa educação pública precisa ser muito mais que um programa de governo. Precisa ser política de Estado”, complementou o geógrafo.