03 de julho, de 2024 | 07:50
Ações de prevenção ajudam no combate a incêndios florestais
O inverno quente, associado à forte estiagem em várias partes do Brasil, traz o risco de incêndios florestais de grandes proporções. Em Minas Gerais, a Força-Tarefa Previncêndio, programa do governo estadual, já iniciou os trabalhos para prevenção e combate aos incêndios florestais durante o período de seca previsto a partir de julho. Em 2024, o Corpo de Bombeiros Militar assume a parte operacional das ações, como a contratação de brigadistas e a coordenação de aeronaves e deslocamentos.
No Parque Estadual do Rio Doce (Perd), o analista do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Gabriel Carvalho de Ávila, explica que a elaboração anual e atualização do Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais conta com a colaboração e cooperação de várias instituições da área de abrangência da unidade. Entre elas, as prefeituras dos municípios de Marliéria, Timóteo e Dionísio, onde o Perd está localizado.
"Marliéria tem um papel muito importante no apoio à construção de aceiros, áreas desprovidas de vegetação que impedem a progressão de um incêndio para dentro do parque. A Prefeitura de Timóteo, além de apoiar na construção dos aceiros, disponibiliza ainda sua infraestrutura de brigada e caminhão-pipa para atendimento a demandas do parque durante as épocas críticas de incêndios florestais", destaca Gabriel.
Ele também detalha sobre a realização de uma série de atividades para a prevenção, a exemplo da queima prescrita, realizada em 2023, em áreas que traziam risco para a unidade de conservação. "Foi suprimida a vegetação dessa área por meio da queima controlada. Existe também uma rotina sistemática para manutenção e reposição de equipamentos, treinamento de funcionários e contratação de brigadistas que atuam durante o período crítico", completa.
Monitoramento
O monitoramento constante a possíveis focos de incêndio, com canal de denúncias e verificação em campo, são outras frentes de prevenção. "Neste ano, a atribuição para o combate aos incêndios nas unidades de conservação está sendo partilhada com o Corpo de Bombeiros Militar, que assumiu a coordenação por meio de mudança na legislação", esclarece o analista.
O Perd promove ainda adequação e manutenção do sistema de radiocomunicação; as ferramentas foram revisadas e estão disponíveis nas viaturas para a ocorrência de incêndio. O monitoramento é constante e conta com o apoio e a colaboração de parceiros do entorno do parque, dentre eles, a Cenibra, a Arcelor Mittal, a Usiminas e a GPM.
Incêndios em 2023
Segundo repassado pela assessoria de comunicação do IEF, o parque tem um histórico de mínimas ocorrências de incêndio em seu interior. Nos últimos dez anos, foram nove incêndios registrados, representando menos de 1% da unidade de conservação.
"Logicamente, a logística de combate a incêndio na Mata Atlântica é muito complicada, então, se o parque chegar a ter ocorrência de incêndio, é necessário um empenho de muitos recursos para tentar extinguir o fogo. Isso é uma preocupação constante da gestão do parque, que possui estratégias amadurecidas ao longo dos anos, bastante exitosas e protetivas", conclui Gabriel Carvalho.
Clima seco
Conforme o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a temperatura em 2024 tem sido mais alta que a média histórica e a umidade relativa do ar, mais baixa. A previsão é de que, até agosto, o estado registre temperaturas de 1 a 2 graus acima da média histórica em Minas Gerais.
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