04 de junho, de 2024 | 09:59

Equipe da Saúde Pública desenvolve ação no Pedra Branca contra o vetor da febre oropouche

Antônio Nahas
O transmissor da doença (principalmente o mosquito pólvora) se reproduz nas áreas úmidas, entre folhas secas e molhadas. Por isso os arredores das residências necessitam de limpeza constante e remoção de galhos e folhasO transmissor da doença (principalmente o mosquito pólvora) se reproduz nas áreas úmidas, entre folhas secas e molhadas. Por isso os arredores das residências necessitam de limpeza constante e remoção de galhos e folhas

O bairro Pedra Branca, em Ipatinga, recebeu ações de dedetização contra a febre oropouche nesta segunda-feira (3). As atividades de prevenção foram desenvolvidas pela equipe da Secretaria de Saúde do município. O trabalho das equipes municipais contou com apoio de técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), conforme relata o morador Antônio Nahas, colunista de Economia do Diário do Aço. Ele acaba de se recuperar da chikungunya e destaca a importância do trabalho preventivo, frente à nova doença que surge na região e outras partes do estado, conforme já noticiado pelo Diário do Aço.

O supervisor do departamento de zoonoses, Igor Gandra, explicou ao morador, que a dedetização nas residências da localidade é feita em razão dos dois casos confirmados da doença no município. Os bairros em que houve confirmações são o Pedra Branca e o Chácaras Oliveira.

O transmissor da doença (principalmente o mosquito pólvora) se reproduz nas áreas úmidas, entre folhas secas e molhadas. Por isso os arredores das residências necessitam de limpeza constante e remoção de galhos e folhas.

“Como é uma doença nova, que está chegando no município, estamos tentando fazer todas as ações possíveis para impedir a proliferação. Então nós estamos fazendo o rastelo dos ambientes, as borrifações nas residências e também uma limpeza dos quintais para impedir que o mosquito transmissor consiga se proliferar nesses locais”, afirmou.

Igor também relatou que os sintomas dessa doença são os mesmos da dengue. “Ela causa dores no corpo e nos olhos, vermelhidão e febre. Então, sua detecção é muito difícil, uma vez que os sintomas são os mesmos da dengue. Ela também provoca uma debilitação na pessoa infectada que pode abrir espaço para doenças oportunistas”, pontuou.

Bloqueios
O supervisor do departamento de zoonoses acrescentou que, nos casos notificados de outras arboviroses conhecidas já eram feitas borrifações e bloqueios dos quarteirões em volta de onde o caso foi notificado.

“No caso da dengue, zika e chikungunya, várias ações são disparadas. Quando temos um caso suspeito de dengue entramos com um maquinário, um rapaz com uma bomba motorizada nas costas que passa nos quintais para tentar impedir a proliferação do vetor. No caso de chikungunya ou zika, utilizamos um sistema que é uma panela de pressão com gás que disparamos dentro da residência. Agora, com a febre oropouche, usamos todos esses equipamentos nas residências”, concluiu.

Para prevenir a doença, ainda não há nenhum tipo de vacina. É feito somente o tratamento dos sintomas que ela causa.

Casos notificados
Conforme já noticiado pela reportagem do Diário do Aço, além dos dois casos confirmados em Ipatinga, que foram informados no dia 29 de maio, foram identificados casos nas cidades de Gonzaga, na região do Rio Doce, e Congonhas, na região Central.

Febre oropouche
Ainda não foi determinado se os casos são de transmissão local ou se foram importados da região Norte do Brasil, onde ocorrem os maiores registros dessa doença. A febre de oropouche é uma zoonose causada pelo vírus oropouche, que foi diagnosticado no Brasil na década de 1960. A circulação ocorre na região amazônica há dez anos.

Sua transmissão aos seres humanos ocorre principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, inseto que tem um ciclo silvestre e um ciclo urbano. O vírus que infecta os mosquitos circula entre hospedeiros mamíferos, como macaco, bicho preguiça e seres humanos.

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