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30 de maio, de 2024 | 18:23

Governo de Minas Gerais confirma casos de febre oropouche em três cidades

Após o município de Ipatinga relatar dois casos confirmados de febre oropouche, o governo de Minas Gerais divulgou a existência de registros adicionais da doença no estado. Os outros casos foram identificados nas cidades de Gonzaga, na região do Rio Doce, e Congonhas, na região Central. Os dois casos de Ipatinga foram informados na quarta-feira (29), conforme noticiado pelo Diário do Aço
Ilustração
Ipatinga, Gonzaga e Congonhas são cidades mineira que somam quatro casos de febre oropoucheIpatinga, Gonzaga e Congonhas são cidades mineira que somam quatro casos de febre oropouche


De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), quatro amostras testaram positivo para o vírus após análises realizadas em maio pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Esses exames foram conduzidos em pacientes que apresentavam sintomas, mas haviam recebido resultados negativos para dengue, zika e chikungunya. A SES-MG ressalta que, até o ano de 2023, não havia registros de casos ou óbitos por febre oropouche no estado.

Apesar de Gonzaga estar localizada a cerca de 130 km de distância de Ipatinga, e Congonhas a quase 300 km das demais cidades, a investigação ainda não determinou se os casos são de transmissão local ou se foram importados da região Norte do Brasil, onde ocorrem os maiores registros dessa doença.

“Os pacientes que testaram positivo nos exames laboratoriais estão com os sintomas sob controle. O Cievs-Minas (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais) está monitorando a evolução dos casos e conduzindo a investigação epidemiológica necessária”, concluiu a nota da SES-MG.

O que é a febre oropouche?
A febre de oropouche é uma zoonose causada pelo vírus oropouche, que foi diagnosticado no Brasil na década de 1960. Trata-se de uma doença já conhecida, que tem circulado na região amazônica nos últimos dez anos.

É transmitida aos seres humanos principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, inseto que tem um ciclo silvestre e um ciclo urbano.

O vírus que infecta os mosquitos circula entre hospedeiros mamíferos, como macaco, bicho preguiça e seres humanos.

Saiba quais são os sintomas da oropouche
O quadro clínico de febre oropouche é muito parecido com o da dengue e o da chikungunya. Incluem febre, dor no corpo, cabeça, artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular), calafrios e, às vezes, náuseas e vômitos -que podem durar até uma semana, segundo o médico infectologista Ralcyon Teixeira, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Uma pequena parte dos pacientes pode apresentar complicações neurológicas, como inflamação do cérebro (encefalite) ou da membrana que o envolve, a meninge (meningite). "Não são complicações tão frequentes, mas são as formas mais graves da doença", afirma Freitas.

Para os pacientes com casos suspeitos, além dos cuidados gerais de repouso e hidratação, é recomendado usar repelente e ficar em ambiente climatizado com ar condicionado para evitar serem picados por outros mosquitos no período de viremia (circulação do vírus no corpo).

De acordo com Teixeira, esse cuidado evita que novos mosquitos sejam infectados e sigam o ciclo da transmissão, principalmente fora dos locais onde a doença já está instalada.
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