11 de abril, de 2024 | 08:00
Casarão de antiga fazenda em Coronel Fabriciano é demolido
Veja vídeo do local da demolição, no bairro Júlia Kubitschek
O casarão da antiga Fazenda do Fábio, localizado próximo ao bairro Júlia Kubitschek, em Coronel Fabriciano, foi demolido. O terreno que atualmente pertence ao município será leiloado. A administração municipal informou que a ação faz parte da preparação para a venda do terreno, ainda sem data definida. A restauração do local era o sonho de muitos fabricianenses. Em publicação nas mídias sociais, populares lamentam a ação e contam como a preservação do local seria benéfica para a história do município.
Em agosto de 2023, o Diário do Aço trouxe uma reportagem especial sobre os tempos de sofisticação da propriedade, construída na década de 1940, para ser residência de Joaquim Gomes da Silveira Neto, à época, superintendente da Companhia Belgo Mineira em Coronel Fabriciano.
A indústria mantinha um serviço de exploração das matas para produção de carvão, para abastecer os fornos de sua siderúrgica de João Monlevade. Anos mais tarde, com a mudança do superintendente para Belo Horizontem, a propriedade foi vendida para a Arquidiocese de Mariana, que revendeu para Fábio Pinheiro, seu último dono. Por isso ficou popularmente conhecida no município como Fazenda do Fábio”.
Loteamento
No entanto, a expansão imobiliária em Coronel Fabriciano transformou parte do terreno da fazenda em um loteamento urbano. E a casa, localizada no alto das terras, passou a despertar lembranças e nostalgia naqueles quem um dia puderam conhecer a beleza e sofisticação da moradia, construída com acabamento nobre e de alto requinte para aquele tempo.
Mas seus últimos anos foram de decadência e quase toda a estrutura estava em ruínas, com várias janelas e portas arrancadas e paredes quebradas. Além do acúmulo de lixo e o mato que invadia os ambientes.
Já publicado:
A história de sofisticação e decadência de uma fazenda em Coronel Fabriciano
Leilão
Conforme já adiantado pelo Diário do Aço, o imóvel atualmente pertence ao município. A área entrou como contrapartida, em favor da prefeitura, durante a execução do empreendimento particular inserido na Operação Urbana Consorciada (OUC). Inclusive, parte das terras foi usada para a construção da nova Secretaria de Governança de Obras e Serviços Urbanos.
E a outra parte do terreno, onde ficava a sede da fazenda, será leiloada. O valor arrecadado será investido na complementação do recurso para a obra de pavimentação da estrada que vai ligar o Distrito Industrial, passando pela Apa da Biquinha, no bairro Belvedere, à BR-381, segundo explicou o governo.
Sobre a demolição da casa, a assessoria de comunicação explicou que a ação faz parte da limpeza e preparação para a venda do imóvel, devido às péssimas condições da construção. O Executivo não divulgou a data prevista para a realização do pregão.
Casarão de antiga fazenda em Coronel Fabriciano é demolido. Veja o vídeo: https://t.co/2penxJbLrT pic.twitter.com/B8P7dFubd4
Diário do Aço (@portaldiarioaco) April 13, 2024
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Moradora Ausente
12 de abril, 2024 | 13:36Gente aonde ficava esse casarão que eu nunca vi? Morei em Coronel Fabriciano mais de 20 anos. Sai tem pouco tempo. Passei minha adolescência e parte da vida adulta na cidade e nunca vi essa casa! Que bafafá é esse agora? Eu andava para todo lado, a pé na época da escola, não saia do bairro JK e Giovanini e nunca ouvi falar dessa casa, dessa fezenda. Estou assombrada. Meu pai foi um dos primeiros moradores de Fabricciano, meu pai é mais velho que a cidade, e eu pessoalmente não relembro de nada disso.”
Professor
12 de abril, 2024 | 11:31A incompetência dos projetos de loteamento e de edifícios tem como consequência o desaparecimento da história na Região do Vale do Aço.
A pseudo busca por um "crescimento", que nunca chega, é sempre a desculpa para o desmanche da história.”
Bonifacio
12 de abril, 2024 | 11:15Esses jumentos que falam de "bolsominions", aliás expressão já cansativa, algum deles chegaram a ir no local ? Levantaram a bund@ do sofá e foram lá ver como estava a edificação ? Duvido, dessa forma que querem manter a cultura? Falam do progressismo mas estão com seu smartphone nas mãos, conectados via wi-fi, por uma rede cabeada conectada ao poste. O esquerdista é Hipócrita.”
Val
12 de abril, 2024 | 08:49Bom dia nobres fabricianenses,
Falam se tanto em preservar, restaurar, criticam a administração da cidade, vem com discurso q bolsonarista são capitalista, mas vivem cada um no seu quadrado em busca de mais renda para suas famílias, se tivessem alguma coisa melhor em mente não seria restauração q geram mais gasto do dinheiro público, e estariam preocupados com saúde, educação, moradia, segurança. Etc.etc..”
História Perdida
12 de abril, 2024 | 07:53Deveria ter sido restaurada e preservada sim, e a história da cidade sendo demolida , poderia ser lugar de visitação mais plum ponto turístico em coronel Fabriciano, esses bolsonaristas acabam c tudo , só capitalismo , dinheiro e q vale , Lamentável.”
Edson
12 de abril, 2024 | 04:00Esse casarão e do meu falecido sogro Sr Fábio Pinheiro e da sua única filha que também nós deixou em 2022 eterna Lu Pinheiro . Ficou só a Dona Vera ?”
Mercury
12 de abril, 2024 | 01:32Tinha mais que ser derrubada mesmo. Essa casa serviu para derrubar as virgens matas que aqui. O requinte do lugar era a custa da exploração humana na região. As árvores viraram carvão para fazer o aço na usina Belgo Mineira em João Monlevade, lenha ou móveis. Não tinha nenhuma importância mesmo, só trouxe coisas ruins, como o território que abriga um povo sem memória e que não se importou em perder o trem da história. A estação também foi demolida e só existe como um retrato na parede.”
Bom
11 de abril, 2024 | 23:15Porque esse prefeito não arruma algumas rua que são uma vergonha, a de trás da rodoviária e um exemplo.
bolsonaristas tem a mente destruidora, queriam quebrar o congresso ,memória pra que???”
Cavalo 37
11 de abril, 2024 | 23:09Pra quem fala sobre restauração, cultura, história e blá blá blá, a catedral do centro de Fabri está com a lateral rasgada em uma de suas lonas. Juntem dinheiro então e restaurem.
Não quero dinheiro do meu IPTU em obras no meio do mato não ok. Loteiem e vendam pra quem quer.
Aos que falam de história, juntem dinheiro e procurem uma obra pra restaurar e manter. Ou acham que é barato restaurar alguma coisa.
Não estão restaurando nem as suas caras enrugadas e estão falando merda do que nem sabem, qual a contribuição desse Joaquim pro município??”
Petrucio
11 de abril, 2024 | 19:25Caro Irnac Valadares explica pra nós porque vc foi demitido " a bem do serviço público" da Prefeitura de Cel Fabriciano e porquê cumpriu o "Período Probatório " no Cargo de Comissão"?”
Carlos
11 de abril, 2024 | 18:38e á fazemda da valia Rolim, será derrubada quando???”
Estevão
11 de abril, 2024 | 18:02Povo sem tradição é povo sem futuro”
Irnac Valadares
11 de abril, 2024 | 14:59Olá, realmente é uma pena, perder mais um monumento que foi destruido e se transformoh em material inerte, por que esta equipe que governa a nossa cidade, não valoriza k pertencimento, porém eles viajam nesta onda do vale tudo em nome do progresso.
A Casa do Poder Legislativo mais uma vez se exclui da sua verdadeira função, simplesmente por que da trabalho, debater com o contraditório e progressita.”
Zezé
11 de abril, 2024 | 14:39Preservar custa caro e não produz novas oportunidades. Lamentar, lamentar e lamentar, não produz nada também a não chororo dos saudosistas. Imagina o valor do terreno que ficaria ocupado com essa fazenda, o valor que seria gasto pra restaurar tudo pra ficar do mesmo jeito com ladrilhos e cerâmicas antigos, portas, janelas etc. Gastar pra que? Demolir é mais correto.
Sem choro!”
Eu Eu Mesmo e Irene
11 de abril, 2024 | 14:09Cultura não importa para este senhor que está na prefeitura. Nada de anormal no mundo dos bolsominions: cultura, história, conhecimento, sociologia, filosofia, meio ambiente não fazem parte daquilo que buscam ou acreditam. O negócio é enganar os idiotas com o jargão deus, pátria e família.”
Cid de Morais Hemétrio
11 de abril, 2024 | 14:02Infelizmente, não tiveram a sensibilidade e nem respeito, com a memória do Dr. Joaquim Gomes da Silveira Neto e seus familiares, um homem que deu vida e foi responsável pelo início do nosso município, com as principais edificações de nossa cidade, como: Hospital Siderúrgica e sua capela, Colégio Angélica, Canário.po do Social, entre outros. Uma lástima.”
Indignado
11 de abril, 2024 | 13:01Marcos Vinicius é muito Bizarro”
Vanderlei
11 de abril, 2024 | 13:01? bizarro quando vc não faz parte da cultura local; tudo pode acontecer.”
Adriana
11 de abril, 2024 | 11:27Mais um patrimônio histórico foi embora, ignorância do progresso acabando com lembranças e memórias.”
Petros
11 de abril, 2024 | 11:25Será que o Padre Rocha,o antigo Dono e o Sr Fábio o último dono e seus covardes capangas e seus cães bravos ,foram todos juntos pro inferno e "levaram " esse Casarão?
Muito bem derrubado pra ser apagado pra sempre da História e da memória de muitos jovens e crianças que foram agredidos por essa trupe !”
Maisa
11 de abril, 2024 | 10:34Fiquei muito triste, a casa era linda, tinha de ter sido preservada.”
Sr.sincero
11 de abril, 2024 | 10:08Preservar o casarão era necessário, fizeram com esta o que foi feito com a estação.
Ficaram apenas na memória dos que as conheceram. A falta de sensibilidade histórico-cultural não tem bandeira ideológica, fazer discurso em cima de tijolo é também falta de sensibilidade, devemos parar de dar palanque para ideólogos politiqueiros.”
Lucimar Vasconcelos
11 de abril, 2024 | 09:10Bolsominion não valoriza cultura e nem história de um povo. É incrível como um ser "Bizarro" consegue destruir tudo que significa preservação histórica.”
Moradora de Fabriciano
11 de abril, 2024 | 09:03Uma pena, visitei esta linda mansão em uma tarde de domingo no inicio do ano, eu fiquei encantada, apesar das pichações e invasão para uso ilícito da propriedade, da para imaginar como deve ter sido na época, me lembrei do documentário do Titanic, que nos fazia imaginar como era luxuoso o navio na época. A mansão era maravilhosa, o teto assimétrico, com madeiras de alto padrão, a marca do lustre ainda estava no teto, as colunas com arquitetura magnifica, a piscina, a jacuzi/banheira no quarto que até os dias de hoje seria um artigo de luxo, de tão perfeita, as celas onde ficavam os cavalos, cada passo era uma sensação de viver naquela época. Eu sai de lá encantada, não sabia que em Fabriciano tinha uma historia viva que ainda podíamos ver. Infelizmente não temos mais... Mas foi maravilhoso e honroso poder ver e imaginar a arquitetura daquele tempo, uma época que eu nem sonhava em existir, eu queria ter ido lá mais vezes, pena que não terei mais a oportunidade, mas ficara sempre em minha memoria...”