
29 de fevereiro, de 2024 | 17:45
Foragido da Justiça de Açucena, condenado por brutal assassinato da esposa, é preso em Santa Luzia
Arquivo DA
Condenado na Comarca de Açucena a 27 anos de prisão por matar a mulher, morador de Perpétuo Socorro estava foragido e foi capturado esta semana em Santa Luzia

Policiais militares prenderam esta semana, Vander Leandro Santiago, de 52 anos, sentenciado a 27 anos de cadeia pelo brutal assassinato de sua mulher, em Belo Oriente. Vander era considerado foragido da Justiça da Comarca de Açucena e tinha um mandado de prisão expedido pela Vara Criminal. Levado a julgamento no Tribunal do Júri, em 19 de julho de 2023, Vander foi condenado por homicídio qualificado pelo feminicídio, entre outras qualificadoras, de Maria Odete Madalena, de 54 anos. O crime foi praticado na madrugada de 27 de abril de 2014, no distrito de Perpétuo Socorro, em Belo Oriente. A sessão do Júri foi presidida pelo juiz de Direito, Pedro Henrique de Assis Crisafulli, o promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro atuou na acusação e o advogado Arthur Maia Ribeiro atuou na defesa do réu.
Com o resultado do julgamento, o homem foi sentenciado a cumprir 27 anos de prisão em regime fechado e teve decretada a prisão preventiva. Desde então, a polícia estava à sua procura. O condenado só foi localizado quarta-feira (28/2), na cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quando foi encaminhado ao sistema prisional.
O criminoso fugiu no dia do crime em Belo Oriente, e foi preso quase um ano depois do assassinato, por causa de um acidente de trânsito e um mandado de prisão expedido pela Justiça, entretanto, foi solto e desapareceu. Ele foi levado a julgamento na condição de réu foragido, conforme noticiado pelo jornal Diário do Aço.
Consta no processo que depois de matar a mulher com um golpe de faca no pescoço, ele telefonou para uma de suas irmãs e confessou que tinha assassinado Maria Odete, com quem vivia. Trancou o portão da residência e fugiu.
Vander somente foi preso no dia 2 de fevereiro do ano seguinte, quando se envolveu em um acidente no trecho da BR-381 em Belo Horizonte (anel rodoviário). Completamente embriagado, o homem conduzia um Fiat Uno e bateu contra um Ford Fiesta. De tão bêbado, não conseguiu fazer o teste do etilômetro. O condutor não portava documentos, mas a Polícia Militar Rodoviária descobriu a sua identidade e constatou que havia contra o condutor um mandado de prisão expedido pela Justiça. Apesar de ter sido preso na época, acabou colocado em liberdade enquanto respondia o processo na Justiça pela morte da mulher.
Reprodução
Relatório do MP aponta que homem infligia grande sofrimento em Maria Odete, que acabou assassinada de forma brutal em Perpétuo Socorro, Belo Oriente

Desentendimento por causa de imóvel
Ficou esclarecido na investigação, que a motivação do crime foi o fato de a amásia querer separar-se de Vander e pleiteava também o direito a um imóvel de propriedade do amásio. Ele insistia que a propriedade era exclusivamente dele e não aceitava a partilha. Eles estavam juntos havia alguns anos e tinham um filho e uma filha em comum, ambos expulsos de casa pelo pai quando ainda novos.
A investigação também apontou e o filho do casal confirmou durante o julgamento, que o pai tinha um histórico de violência doméstica. Além de expulsar o filho e uma filha de casa, de forma reiterada agredia Odete Madalena.
São uníssonos os relatos de que ele controlava a companheira, tendo-a submetido, por diversos anos, à situação de violência doméstica. São vários os relatos de que o relacionamento do sentenciado e da vítima foi marcado por um triste histórico de violência doméstica de Vander contra Maria Odete. Em um dos casos de violência, relatou o filho em Plenário do Júri, a vítima teve de ser levada ao hospital, em virtude de ter perdido um dente. Tais lesões nunca foram levadas ao conhecimento das autoridades policiais por medo que a vítima tinha do sentenciado. Portanto, a personalidade controladora e violenta empregada contra sua companheira deve ser valorada negativamente”, detalha o representante do MP.
Viveram como mendigos
A investigação da PCMG também apontou que, anos antes, o homem havia levado a mulher para Belo Horizonte e a obrigado a viver na mendicância, pedindo dinheiro nas ruas para lhe sustentar.
Da capital mineira, o casal foi para o Espírito Santo, onde o homem, segundo a investigação da Polícia Civil e denúncia do MPMG, obrigou a mulher à mesma prática. Nesse período, Vander não trabalhava e obrigava a mulher a lhe sustentar no vício de bebidas alcoólicas.
Ao voltar a morar em Perpétuo Socorro, a mulher, por temer pela sua vida, passou a morar com os pais do réu. Ele a convenceu a voltar a viver na mesma residência e, passados pouco mais de 30 dias do relacionamento reatado ele a matou.
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Jackson
01 de março, 2024 | 20:24Meus parabéns doutor Jonas o senhor tem o meu respeito faz justiça ser justiça, homem honesto e justo o senhor tem minha gratidão”
Valdecir
29 de fevereiro, 2024 | 18:26Daqui uns dias estará solto matando novamente . Teria que ser prisão perpétua mas nossos políticos só pensam em encher os bolsos.”