27 de fevereiro, de 2024 | 18:20

Artesão assassinado em Santana do Paraíso e sepultado em Ipatinga

Homicídio ainda é investigado e polícia procura pistas que levem à motivação e autoria do crime

Notícia atualizada em 27/2
A polícia mantém a apuração para se chegar à motivação e autoria do homicídio do artesão Leonardo Silva Souza, de 39 anos, praticado no começo da tarde de segunda-feira (26), na rua Amora, bairro Bom Pastor, em Santana do Paraíso. A reportagem do Diário do Aço apurou, no local do fato, que a vítima estava na direção de um Hyundai Creta ano 2017, prata, com placas de Ipatinga, e parou na rua Amora. Em determinado momento, um homem em uma motocicleta emparelhou com o carro, sacou uma arma de fogo e efetuou os disparos para o interior do veículo.

O condutor morreu antes do atendimento do Samu. O sepultamento do artesão está agendado para esta quarta-feira (28), no cemitério Parque Senhora da Paz, depois do velório na residência da vítima, na rua Camomila, bairro Esperança em Ipatinga. Leonardo era um talentoso construtor de móveis de luxo com o emprego de resina. O portifólio completo de seu trabalho pode ser acessado aqui. O ipatinguense, que morava no bairro Esperança, tambem era músico.

As testemunhas não souberam detalhar se houve alguma discussão entre a vítima e o atirador, na tarde de segunda-feira. Os bens do motorista, dentre eles carteira, telefone celular e outros, foram encontrados no interior do veículo. A perícia da Polícia Civil recolheu na cena do crime um projétil de calibre 38 e não encontrou qualquer cartucho deflagrado, o que indica realmente que a arma usada pelo assassino teria sido um revólver. Havia marcas de tiros no corpo de Leonardo na região do tórax, braço esquerdo e em uma das mãos.

Testemunhas viram o momento que chegou uma motocicleta de cor preta conduzida por um homem com camisa de manga comprida na cor cinza com faixas refletivas, tipo de uniforme de empresa em área industrial. O assassino usava calça de cor azul e estava com a arma na cintura. Ele fugiu, após os tiros, sentido à avenida Piquiarana, sem destino correto.

O que já foi apurado sobre a morte de Leonardo Silva

As equipes da PM apuraram, nos registros de ocorrências, que uma mulher teve um problema com o ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. Ela registrou dois boletins de ameaças do ex, uma delas, em 2021, quando conversava com Leonardo na porta da casa dela.

Ela confirmou que se encontrava esporadicamente com Leonardo, contudo era uma pessoa trabalhadora e não sabia de inimizades por parte dele. Além da ameaça, a mulher confirmou que possui uma medida protetiva contra o ex-marido.

Os policiais localizaram o homem, que segundo a mãe dele, está com um novo relacionamento. O homem foi encontrado e, demonstrando tranquilidade, disse que não tem qualquer conhecimento do fato ocorrido. Ele ainda confirmou que na hora do crime estava em casa dormindo após tomar um remédio.

O indivíduo se prontificou a repassar o aparelho de celular aos policiais, exibindo todas as mensagens recentes, assim como deu acesso as redes sociais. Os PMs averiguaram e não havia qualquer fato que pudesse ligar o homem ao crime. Ele confirmou que teve realmente desentendimentos com a ex-esposa, inclusive, havia uma audiência na Justiça nesta terça-feira, por causa dos problemas anteriores.

Vítima não tinha passagens pela polícia

Uma fonte da PM informou ao jornal que Leonardo Silva não tinha passagens pela polícia, conforme uma primeira busca de dados no sistema informatizado de segurança pública. Leonardo era soldador, mas atualmente trabalhava com a fabricação de móveis com arte em resina. Ele residia na rua Camomila, no bairro Esperança em Ipatinga.

Como artesão produzia trabalhos primorosos em madeira e resina, conforme apresentava em seu portfólio. Leonardo Silva Souza, o Léo Craftsman, como se apresentava, também era músico e em seus perfis, nas mídias sociais, ele aparece tocando no violão acústico, canções consagradas mundialmente.