15 de setembro, de 2023 | 06:00

Processo de concessão do Perd deve terminar no fim do primeiro semestre de 2024

O processo de concessão dos serviços turísticos do Parque Estadual do Rio Doce (Perd) deve ser concluído no fim do primeiro semestre do ano que vem. A expectativa é que o início da operação pela empresa vencedora só ocorra a partir do segundo semestre. A proposta visa ampliar serviços aos visitantes no parque, que já dispõe de hospedagem (hotel e camping), restaurante e trilhas. Faltam serviços, dentre eles navegação lacustre e atividades ecoturísticas. Até lá, o parque oferece serviços turísticos, por meio de condutores credenciados, para levar visitantes às trilhas e locais de observação de fauna.

Quarta-feira (13) foi realizada uma audiência pública no município de Timóteo, para apresentar o projeto e receber críticas e opiniões que possam contribuir para elaboração do edital de concessão da Unidade de Conservação (UC). O debate reuniu interessados, moradores dos municípios de Dionísio, Marliéria e Timóteo, onde o Perd está localizado, além de representantes dos órgãos públicos.

O Perd integra o Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc) do Governo de Minas, e o Programa de Concessão de Unidades de Conservação, lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela elaboração dos estudos e modelagem desta concessão.

Etapas
Com a realização da audiência pública e após a conclusão da consulta pública, a coordenadora do Núcleo de Projetos Especiais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Cecília Fernandes de Vilhena, explica que serão necessários cerca de 30 dias para realizar os ajustes dos documentos. O prazo exato dependerá da quantidade de contribuições e das alterações necessárias a se fazer.

“Depois o edital passa por um processo burocrático interno do órgão, quando será necessária uma avaliação da Advocacia Geral do Estado. Mas esperamos que esse edital seja publicado no início do próximo ano. E após a divulgação do edital, mais uns quatro meses para o processo de licitação e um ou dois meses para assinatura do contrato da concessão”, detalha.

Ainda conforme Cecília Fernandes, depois da assinatura do contrato, a empresa vencedora ainda passará por um período de transição, que dura em média três meses, para mobilização de equipe, estudos prévios, programa de monitoramento e elaboração de relatório de consultoria sobre todos os bens que irá assumir. Também será necessário um período de integração junto à equipe do IEF.

Crescimento do Turismo
Henrique Junior realiza um trabalho de condução de visitantes, oficializado no início deste ano pelo IEF. Ao todo, são 19 condutores que passaram pelo processo do órgão estadual e agora são certificados pra conduzir visitantes em trilhas e outros atrativos do parque.

“O trabalho que eu presto hoje é muito voltado para observação de vida silvestre, atualmente recebo clientes do país inteiro e de outros países que vêm até ao parque fotografar a nossa fauna e em especial aves, primatas e alguns outros grandes mamíferos que podem ser encontrados dentro do Perd”, explica.

E para o condutor, o processo de concessão é um caminho para aumentar o número de visitantes e enfatizar a divulgação do Perd, que ainda é pouco visitado, até mesmo pelas comunidades do entorno.

“Acredito que esse processo e os investimento que serão feitos irão atrair outras pessoas a conhecerem esse pedaço tão privilegiado do nosso quintal. Eu vejo com muito bons olhos este processo de concessão, desde que ocorra de uma forma que vá beneficiar de fato a população local, e por isso a participação da comunidade é tão importante”, defende.