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18 de julho, de 2023 | 12:00

Homem acusado de matar a amásia em Belo Oriente é levado a julgamento

O tribunal do Júri da Comarca de Açucena julga nesta quarta-feira (19), a acusação de homicídio qualificado pelo feminicídio, entre outras qualificadoras, contra o réu Vander Leandro Santiago, 49 anos. O criminoso fugiu no dia do crime, foi preso quase um ano depois por causa de um acidente de trânsito e um mandado de prisão expedido pela Justiça, entretanto, foi solto e desapareceu. Veja a atualização da notícia: Homem acusado de brutal assassinato da mulher em Perpétuo Socorro é sentenciado a quase 30 anos de cadeia

Vander Leandro é acusado de matar a amásia Maria Odete Madalena, de 54 anos, na madrugada de 27 de abril de 2014, no distrito de Perpétuo Socorro, em Belo Oriente, fato esse noticiado à época pelo Diário do Aço. O réu respondeu o processo em liberdade mas, se condenado, poderá cumprir de 12 a 30 anos de reclusão em regime fechado.
Arquivo DA
Caberá ao Tribunal do Júri definir se homem é acusado ou inocente de femincídio praticado em Perpétuo Socorro, Belo OrienteCaberá ao Tribunal do Júri definir se homem é acusado ou inocente de femincídio praticado em Perpétuo Socorro, Belo Oriente


Depois de matar a mulher com um golpe de faca no pescoço, ele telefonou para uma de suas irmãs e confessou que tinha matado Maria Odete, com quem vivia. Trancou o portão da residência e fugiu.

Vander somente foi preso no dia 2 de fevereiro do ano seguinte, quando se envolveu em um acidente no trecho da BR-381 em Belo Horizonte (anel rodoviário).

Completamente embriagado, Vander conduzia um Fiat Uno e bateu contra um Ford Fiesta. De tão bêbado, não conseguiu fazer o teste do etilômetro. O condutor não portava documentos, mas a Polícia Militar Rodoviária descobriu a sua identidade e constatou que havia contra o condutor um mandado de prisão expedido pela Justiça. Apesar de ter sido preso na época, acabou colocado em liberdade enquanto respondia o processo na Justiça pela morte da mulher.

Desentendimento por causa de imóvel

Ficou esclarecido na investigação, que a motivação do crime foi o fato de a amásia querer separar-se de Vander e pleiteava também o direito a um imóvel de propriedade do amásio. Ele insistia que a propriedade era exclusivamente dele e não aceitava a partilha. Eles estavam juntos havia alguns anos e tinham um filho e uma filha em comum, ambos expulsos de casa ainda novos, dada a violencia do pai.

Viveram como mendigos

A investigação da PCMG também apontou que, anos antes, o homem havia levado a mulher para Belo Horizonte e a obrigado a viver na mendicância, pedindo dinheiro nas ruas para lhe sustentar.

Da capital mineira, o casal foi para o Espírito Santo, onde o homem, segundo a investigação da Polícia Civil e denúncia do MPMG, obrigou a mulher à mesma prática. Nesse período, Vander não trabalhava e obrigava a mulher a lhe sustentar no vício de bebidas alcoólicas.

Ao voltar a morar em Perpétuo Socorro, a mulher, por temer pela sua vida, passou a residir com os pais do réu. No entanto, o homem a convenceu a voltar a viver na mesma residência e, no fim, o relacionamento reatado acabou em feminicídio. Hoje (19/7), passados nove anos do crime, caberá ao Tribunal do Júri decidir se Vander é culpado ou inocente.
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