14 de julho, de 2022 | 17:44
PC investiga 30 possíveis vítimas de estupro de médico
Arquivo pessoal
A polícia investiga outros possíveis 30 estupros praticados pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que também tinha uma clínica ginecológica

A Polícia Civil confirmou que investiga outros 30 possíveis casos de estupro cometidos pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por estuprar uma mulher durante o parto, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro.
São relatos ainda. Precisamos investigar. São 30 já identificadas como possíveis”, afirmou a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti.
Conforme publicado pelo jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira, o médico possuía, com sociedade com o seu pai, uma clínica de ginecologia.
No hospital da mãe em Mesquita, na Baixada Fluminense, Giovanni Quintella acompanhou mais de 20 cirurgias. Agora, autoridades investigam se, durante os procedimentos, o anestesista também usou medicamento de forma excessiva ou desnecessária.
Toda essa ação criminosa é repugnante, é algo que não imaginávamos que pudesse acontecer”, declarou a delegada.
Nesta quinta-feira houve o depoimento de duas mulheres que estavam no Hospital da Mulher Heloneida Studart e foram operadas no mesmo dia em que o crime foi flagrado no local.
Elas foram operadas no dia 10 de julho, antes daquela vítima nas imagens. Já temos informações de que elas foram sedadas também, possivelmente desnecessariamente”, esclareceu a delegada.
Para a policial, Quintella é um criminoso em série. Diante da repetição das ações criminosas, das características de compulsividade que se observam e da possibilidade de várias vítimas feitas naquelas condições, podemos afirmar que se trata de um criminoso em série”, disse.
Bárbara Lomba falou ao telefone com a mulher cujo vídeo foi usado para prender o médico em flagrante. A vítima soube quarta-feira que foi estuprada e chorou com a revelação. O marido dela deve ser ouvido na delegacia nos próximos dias.
Reprodução de vídeo
Cenário em que foi filmado o estupro de uma mulher em trabalho de parto dentro de um hospital; flagrante revelou a ação do maníaco

Prisão preventiva
Após a justiça converter para preventiva a prisão do anestesista, a Seap o transferiu para o Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. O suspeito foi levado Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, pouco depois das 20h. A unidade é destinada a presos que têm nível superior.
Quando chegou ao local, pouco depois das 21h10, detentos do presídio começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto. Assim como em Benfica, por segurança ele ficará em uma cela isolada.
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Pedro Marcelino Silva
20 de julho, 2022 | 13:25nem cadeia e mais indicado para este elemento falta de caráter”