12 de julho, de 2022 | 10:05
Médico maníaco foi reconhecido pela televisão por outras possíveis vítimas
Com a exposição do caso do médico anestesista, Giovanni Quintella Bezerra, novos casos começam a aparecer. Nesta segunda-feira (11), um homem afirmou, em depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, que o suspeito o retirou do centro cirúrgico durante o nascimento de seu filho, no Hospital da Mulher de Vilar dos Teles.
"O rapaz que dá anestesia mandou eu sair na metade do procedimento. Eu não tinha visto nem a criança e minha esposa já tinha dormido", afirmou.
Uma segunda mulher também se apresentou na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João Meriti, na Baixada Fluminense, para testemunhar contra o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra.
Ele foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) pelo estupro de uma paciente que estava dopada e passava por uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart.
Reconhecido
O marido de uma possível vítima contou em depoimento que reconheceu o médico pela televisão. "Quando eu bati de frente na televisão, era ele. Já com esse caso. Muita raiva. A gente tá ali confiando nos médicos e acontece uma coisa dessas", afirmou.
Na denúncia do primeiro caso, é relatado que Giovanni esperou o acompanhante sair da sala para cometer o estupro. Ele se aproveitava dos panos que cobrem o rosto da paciente, na altura do tórax, durante o parto, para praticar os estupros.
Reprodução
Esse é o cenário em que o crime foi flagrado: enquanto equipe médica estava ocupada com o trabalho do parto, o anestesista praticava o estupro

O flagrante foi feito por enfermeiras e auxiliares que desconfiaram do comportamento do médico, da quantidade de sedativos que ele ministrava, e instalaram um telefone com a câmera ligada, em um armário com vidro escuro.
A gravação foi entregue à polícia e a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher, prendeu Giovanni em flagrante. A polícia agora vai tentar descobrir outras possíveis vítimas do anestesista. Quando a delegada anunciou a prisão em flagrante, a única coisa que o médio falou foi: "Existe um vídeo?", indagou. Depois disso, optou por permanecer em silêncio.
Os serviços do SUS, e de redes conveniadas, devem garantir o direito à presença de um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto. A pessoa deve ser indicada pela gestante. Entretanto, os relatos indicam que o médico inventava desculpas para tirar os acompanhantes da sala.
Já publicado:
Médico preso por estupro de grávida durante cesariana opta pelo silêncio
A segunda denúncia
Familiares de uma mulher de 23 anos afirmaram aos policiais que ela também foi vítima de estupro durante uma cesárea realizada no mesmo hospital, no dia 6 de julho. Sua mãe afirma que a filha saiu totalmente dopada do procedimento e que acordou apenas no dia seguinte à noite.
Ainda segundo a mãe, a filha acordou com uma substância branca no pescoço. Inicialmente, a família achou que era resultado de algum procedimento do hospital. Quando assistiu ao noticiário nesta segunda e viu que o médico havia sido preso, ela concluiu que sua filha também havia sido vítima de um estupro.
Os casos relatados estão em fase de investigação. De concreto, até o momento, existe apenas o vídeo gravado na sala de parto do hospital.
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Shirley
19 de julho, 2022 | 18:14Que cara nogento, a gente confia e uma coisa dessa acontece. È o fim do mundo mesmo. Deus me livre.”