11 de julho, de 2022 | 14:09

Médico preso por estupro de grávida durante cesariana opta pelo silêncio

Reprodução de vídeo
Médico foi preso em flagrante, levado para a Delegacia de Polícia Civil e optou por ficar em silêncio Médico foi preso em flagrante, levado para a Delegacia de Polícia Civil e optou por ficar em silêncio

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 32, foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) pelo crime de estupro. Um vídeo gravado com um celular escondido na sala de cirurgia do Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, mostra o profissional colocando o pênis na boca da paciente, no momento em que ela estava dopada para o nascimento do bebê.

O vídeo foi gravado e entregue à polícia por enfermeiras da unidade, que desconfiaram da quantidade de sedativo usado pelo anestesista em outras ocasiões e da movimentação atípica dele próximo a pacientes, segundo a Polícia Civil.

Nas imagens gravadas, a mulher aparece deitada e inconsciente durante o parto. Do lado direito do lençol, sempre usado em cesarianas, o médico aparece colocando o órgão genital para fora e o introduzindo na boca da mulher. O ato dura dez minutos, conforme consta na gravação. Do outro lado do lençol, a menos de um metro de distância, está a equipe médica trabalhando no nascimento do bebê.

Bezerra, que se apresentada como um profissional formado em uma universidade em Volta Redonda, foi preso em flagrante pela equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti. A defesa do médico já avisou que irá se pronunciar em breve, acerca das acusações.

O anestesista foi preso em flagrante estupro de vulnerável (pessoa com menos de 14 anos, ou com deficiência ou que não esteja em condições de se defender, como é o caso da uma pessoa sob efeito de anestesia). A pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão. Na delegacia, ele otptou pelo silêncio.

Com a desconfiança do comportamento do colega de trabalho, a equipe instalou um celular em um armário do centro cirúrgico, virado para o local onde o anestesista costumava ficar - próximo ao rosto da paciente. Foi dessa forma que a equipe conseguiu o flagrante.

Reprodução de vídeo
Flagrante foi feito com telefone instalado de frente para o local onde o anestesista costumava ficarFlagrante foi feito com telefone instalado de frente para o local onde o anestesista costumava ficar

A delegada da Polícia Civil, Bárbara Lomba, que atua no caso, afirmou que a sedação total de outras pacientes grávidas levantou suspeitas sobre a atuação dele.

"Não há dúvidas em relação ao crime praticado. Essa equipe vinha suspeitando dos procedimentos que o médico vinha adotando em outras cirurgias. Principalmente a sedação desnecessária e a tentativa de dificultar a visão de outros médicos de uma parte do corpo da vítima, onde ele atuava, do pescoço para cima. Ele usava uma roupa muito grande e comprida que também não era muito comum usar e sempre usava essa sedação que a equipe avaliava como desnecessária e começou a suspeitar dele. Antes de ser flagrado, o anestesista já havia participado de outras duas cirurgias e apresentado o comportamento suspeito. Eles notaram o mesmo procedimento nessas duas cirurgias e então resolveram que na terceira iriam tentar gravar essas imagens", detalhou a delegada.

Por meio de nota, a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde afirmaram que repudiam veementemente a conduta do médico e "estão à disposição da polícia colaborando com a investigação".
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Comentários

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Josué

12 de julho, 2022 | 08:24

“Cadeia é pouco para este maníaco.”

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