02 de julho, de 2022 | 08:00

Falta de medicamentos ainda não atinge o Vale do Aço, segundo a SRS

No Vale do Aço, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano informou que ainda não foi notificada se a situação ocorre na região

Tiago Araújo
Há crise internacional no fornecimento de diversos medicamentos e insumos médicos, conforme a Secretaria de Estado de Saúde  Há crise internacional no fornecimento de diversos medicamentos e insumos médicos, conforme a Secretaria de Estado de Saúde
(Tiago Araújo - Repórter do Diário do Aço)
Diversas clínicas e hospitais particulares têm enfrentado problemas com a falta de insumos médicos, conforme divulgado pela a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde). A entidade chegou até emitir um comunicado destacando a necessidade de uma solução urgente para esse problema. No Vale do Aço, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano informou que ainda não foi notificada se a situação ocorre na região.

Em nota enviada ao Diário do Aço, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da SRS de Coronel Fabriciano, informa que não foi notificada sobre falta de insumos ou medicamentos hospitalares na região do Vale do Aço. “Tais itens são de utilização hospitalar e cada hospital tem autonomia para padronizar e adquirir os itens de sua utilização”, afirmou.

Crise
A SES esclarece, no entanto, que há uma crise internacional no fornecimento de diversos medicamentos e insumos médicos. “Este assunto vem sendo discutido em âmbito nacional entre Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)”, ressaltou.

Farmácias
A farmacêutica assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG), Débora Lacorte, confirmou ao Diário do Aço que a falta de medicamentos tem sido enfrentada por farmácias no estado, assim como no país. “A CRF-MG tem recebido relatos de farmacêuticos sobre a falta de medicamentos no estado e está ciente desse cenário em Minas. Atualmente existe a dificuldade de encontrar matéria-prima, que são os princípios ativos para fabricação de medicamentos”, afirmou.

Motivos
Débora Lacorte citou os motivos para a deficiência na produção de medicamentos, o que tem gerado a crise de abastecimento. “A guerra na Ucrânia tem contribuído para esse cenário, por ser uma região fonte de matéria-prima de medicamentos. Além disso, nos meses de maio, junho e julho, período de doenças respiratórias, aumenta a demanda por amoxicilina, corticoides e antialérgicos, principalmente para o público infantil. Dessa forma, também contribui para essa falta de medicamentos. Portanto, a população tem que pesquisar junto aos farmacêuticos os remédios disponíveis e fazer também a intercambialidade de medicamentos”, apontou.

Na nota da CNSaúde, divulgada no dia 17 de junho, é relatada certa preocupação com a falta de insumos médicos e materiais de exames hospitalares, quadro que vem se agravando nas últimas semanas. “Recentemente, frente a um cenário de desabastecimento, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) emitiu uma nota de esclarecimento aos associados sobre a provisão de meios de contraste, iodados e à base de gadolínio – fundamentais para a realização de exames radiológicos e outros”, afirmou.

Aumento da demanda
Conforme a CNSaúde, o aumento da demanda nesse momento, reprimida por pedidos de exames de imagem durante a pandemia da covid-19, é apontada como uma das causas. “A CNSaúde entende que tal fator já deveria estar na previsão de todos os atores do setor. Além disso, a descontinuidade do abastecimento de contrastes, causada pela interrupção de fornecimento de insumos por parte de uma das empresas com importante fatia do mercado, denota a fragilidade das estratégias de contingenciamento em um setor que não pode parar”, citou.

Outros insumos
A nota também destacou que outros insumos hospitalares fundamentais, e que tem preocupado pela escassez no abastecimento, são o soro hospitalar e as soluções parenterais. “Em fevereiro de 2022, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) entregou, ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um ofício pedindo providências sobre o caso”, afirmou.

Desafios
Segundo a CNSaúde, a pandemia criou desafios acima do normal para todos, mas não são aceitáveis esses desabastecimentos frequentes de insumos de saúde no mercado brasileiro. “Precisamos urgentemente de um melhor planejamento por parte dos entes privados e o auxílio do Ministério da Saúde para identificar gargalos e ajudar a indústria sempre que possível. A CNSaúde se coloca à disposição para ajudar nesse debate e solicita atenção máxima das autoridades governamentais, e uma atuação mais próxima do Ministério da Saúde junto à indústria farmacêutica, para garantir o abastecimento e controle dos insumos hospitalares, conforme a necessidade da demanda nacional”, concluiu.

Já publicado:
Falta de medicamentos e insumos preocupa setor da saúde
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Comentários

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Kátia

03 de julho, 2022 | 14:15

“No inverno ja tem muitas gripes depois que tiro as máscaras fico ainda pior”

Katia

03 de julho, 2022 | 14:14

“Claro que está faltando principalmente em cel fabriciano .tive que comprar loratadine e amoxilina pra minha sogra .E depois Azitromicina pra minha filha . No total quase 300 reais .”

Msc

03 de julho, 2022 | 09:39

“Há falta sim de medicamentos no SRS.
Estou a mais de dois meses aguardando medicamento para minha filha. Já entrei em contato com eles e sempre a mesma coisa. Liga na semana que vem. Ela usa levetiracetam para controlar epilepsia e sem ele aumenta as crises dela.
Situação difícil.”

Cintia

02 de julho, 2022 | 10:08

“Está faltando sim ! risperidona 1mg , Ritalina 10mg , há muito tempo vem faltando até antiinflamatório.Meu filho é autista e não é de hj que temos que comprar os remédios de uso continuo pra ele .”

Helenice

02 de julho, 2022 | 08:46

“Meu esposo faz uso da GABAPENTINA DE 400 MG,e está em falta desde dezembro 2021 na GRS . É difícil, porque é uma medicamento caro e serve para diminuir as dores neuropatias.”

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