20 de junho, de 2022 | 11:00

Amigos e ciclistas fazem despedida de Penha Brasil

Alex Ferreira
Maria da Penha Brasil Cizoski tinha 55 anos e foi sepultada na manhã desta segunda-feira (20), no Cemitério Parque Senhora da Paz, em IpatingaMaria da Penha Brasil Cizoski tinha 55 anos e foi sepultada na manhã desta segunda-feira (20), no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga

Dezenas de ciclistas, amigos e familiares participaram, no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga, na manhã desta segunda-feira (20), do sepultamento do corpo da ciclista Maria da Penha Brasil Cizoski, de 55 anos. Ela era separada e deixou duas filhas e uma neta ainda bebê.

Penha Brasil, como era conhecida, morava no bairro Vila Celeste e morreu atropelada na manhã de domingo no trecho da BR-381 em Sá Carvalho, quando se dirigia, com um grupo de ciclistas, para a cidade de Antônio Dias, onde participaria de um evento, conforme noticiado pelo Diário do Aço.

Testemunhas informaram que logo depois da ponte de Sá Carvalho, onde há um estreitamento de pistas e um quebra-molas, em um trecho com obras paradas na duplicação da BR-381, a ciclista foi parar a Mountain Bike que conduzia, por causa da passagem de um caminhão puxando uma carreta-baú, teve dificuldades em tirar o pé do clip do pedal, perdeu o equilíbrio e caiu debaixo da carreta, quando foi atingida pelas rodas traseiras. A ciclista morreu na hora.
Álbum pessoal
Maria da Penha, a Penha Brasil tinha 55 anos e morava em Ipatinga  Maria da Penha, a Penha Brasil tinha 55 anos e morava em Ipatinga

Na manha desta segunda-feira, ciclistas lamentavam o acidente fatal, o quinto envolvendo pessoas que praticam o ciclismo na região, além das pessoas que morreram no trânsito urbano em deslocamento do trabalho para casa ou para cuidar de afazeres diários.

O entendimento dos ciclistas é que as rodovias precisam ser evitadas. Na maioria dos casos, as rodovias são usadas pelos praticantes da modalidade Mountain Bike, para acesso a rotas rurais onde estão localizadas as trilhas para essa modalidade. Muitos dos grupos de ciclismo já têm a preocupação em se evitar as rotas que dependem de rodovias.

Já os ciclistas da modalidade Speed não têm alternativa, pois com as bicicletas dessa modalidade apenas é possível rodar no asfalto.

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Vias precárias

Em relação ao trânsito urbano, que envolve também as pessoas que usam bicicleta apenas para o lazer na cidade ou trabalhadores, o Vale do Aço não conta com ciclovias em nenhuma cidade.

O que existe entre bairros como o Canaã e Bethânia ou Iguaçu e Horto em Ipatinga, Amaro Lanari ao Mangueiras, em Coronel Fabriciano, ou do trevo do bairro Santa Maria ao bairro Limoeiro, em Timóteo, são as chamadas "calçadas compartilhadas", nas quais são encontrados todo tipo de obstáculos, de vendedores ambulantes, passando por carros estacionados, animais e pessoas que as usam para caminhadas e trânsito, o que as tornam impróprias para atividades esportivas. “De qualquer forma, nunca foram ciclovias e, com raras exceções, essas vias precisam de reparos urgentes”, observa um dos ciclistas.
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Comentários

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Abroba

21 de junho, 2022 | 07:41

“Lamentável.... más tem alguns ciclistas que abusam muito da sorte... eles tem que ter más atenção. Já me deparei com vários deles do nada. Muitos deles não anda em fila indianas como deveria ser...”

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