21 de maio, de 2022 | 09:11

MPMG denuncia dois homens por estupro coletivo e feminicídio que vitimou jovem de 22 anos, há um mês, em Ipatinga

Reprodução
Familiares fizeram o reconhecimento do corpo de Emanuela ainda no local, antes da remoção para o IMLFamiliares fizeram o reconhecimento do corpo de Emanuela ainda no local, antes da remoção para o IML

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia à Vara de Execuções Penais Cartas Precatórias Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga, no dia 17 deste mês, contra W.R.A.S., de 29 anos, e G.L.D., de 52 anos, que estão presos, preventivamente, na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, a pedido do MPMG, por terem estuprado e matado, com extrema crueldade, Emanuela Souza Lima Ribeiro, de 22 anos, que mantinha um relacionamento amoroso com W.R.A.S. Ela foi encontrada morta à margem do ribeirão Ipanema, entre o Parque Ipanema e o bairro Iguaçu, na noite de 23 de abril passado.

Também a pedido do promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, da 11ª Promotoria de Justiça da comarca de Ipatinga, o processo corre sob sigilo parcial.

No Inquérito Policial, consta que os denunciados cometeram o feminicídio por motivo torpe, mediante dissimulação, com recurso que dificultou a defesa da vítima e por menosprezo à condição de mulher, depois de cometerem o estupro, configurado como coletivo, na noite de 22 de abril deste ano, porque WRAS desconfiava que ela não estava repassando para ele o valor que recebia, se prostituindo, a mando dele, que usava o valor para comprar droga.

Após praticarem os crimes, conforme testemunhas, os denunciados fugiram levando os objetos pessoais da vítima para vendê-los entre os usuários de drogas, na Avenida Manaain, bairro Jardim Panorama, em Ipatinga.

O MPMG requer, na denúncia, que os dois sejam condenados por feminicídio quadruplamente qualificado por estupro - com majorante de estupro coletivo e qualificado, devido à violência; por furto, qualificado e majorado, dos objetos pessoais da vítima; e contra W.R.A.S., também por rufianismo qualificado –devido ao uso de violência e grave ameaça ao tomar o dinheiro da vítima para comprar droga.

Entre outras reivindicações, para assegurar a aplicação da pena, o MPMG requer, também, que a dupla seja condenada a reparar os danos morais e materiais causados pelo crime e que seja anotada a prioridade legal, prevista para a apuração dos crimes hediondos.

Já publicado:
Jovem foi estuprada antes de ser morta à margem do ribeirão Ipanema, em Ipatinga
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