25 de fevereiro, de 2022 | 21:00
Jovem se apresenta à polícia e confessa autoria de homicídio no alto do bairro Canaãzinho
Wellington Fred + reprodução
Elias Junior de Souza Silva, tinha 25 anos e foi assassinado na tarde de sábado (19/2), na rua Monte Sinai
Elias Junior de Souza Silva, tinha 25 anos e foi assassinado na tarde de sábado (19/2), na rua Monte Sinai
Procurado por um homicídio praticado no fim da semana que passou, Wericks Abel de Araújo, de 21 anos, apresentou-se à Polícia Civil e confessou ser o autor dos tiros que mataram Elias Junior de Souza Silva, de 25 anos. O crime foi praticado na tarde de sábado (19) na rua Monte Sinai, no alto Boa Vista, no bairro Canaãzinho, em Ipatinga.
Acompanhado de dois advogados, o jovem foi ouvido e liberado para responder ao inquérito em liberdade. Titular da Delegacia de Homicídios de Ipatinga, o delegado Marcelo Franco Marino informou ao Diário do Aço que o suspeito se apresentou espontaneamente terça-feira (22). O delegado pontuou que o caso é interessante, pois se assemelha à legitima defesa, mas na execução não é de legítima defesa.
A vítima, segundo Marcelo, seria portador de esquizofrenia, usuária de entorpecentes e passou a perturbar os vizinhos. Ele, com frequência ameaçava, jogava pedra na casa destas pessoas. Vinha colocando estas pessoas sem situação de medo, de alarme”, comentou o delegado.
No dia do crime, Elias teria ido até a casa de um dos irmãos envolvidos e passou de discussão a vias de fatos, por motivos ainda não esclarecidos. Neste momento, o Wericks teria entrado em casa e voltado armado. Este indivíduo, que começou a briga, viu a arma e correu. Ele recebe o primeiro tiro nas costas e, mesmo ferido, vai até à motocicleta dele”, informou Marcelo.
O jovem ferido caiu da moto, que ficou toda suja de sangue, sem qualquer defesa. Este indivíduo armado encosta a arma na cara de Elias e dispara várias vezes, segundo ele, para se certificar que Elias morreu. Aí vê-se claramente que houve excesso de legítima de defesa”, ressaltou.
Marcelo acrescentou que começou com a intenção defesa, porém na execução Wericks comete um homicídio. Na minha visão, homicídio qualificado. Porque uma das qualificadoras é causar perigo comum. É perigo para outras pessoas, além da vítima. Ele começa a atirar no meio da rua e os projéteis podendo atingir outras pessoas”, explicou o chefe da Delegacia de Homicídios.
O delegado confirmou também que o crime ainda foi praticado na frente dos pais da vítima, que imploraram pela vida do filho. Viram (os pais) tudo, inclusive, o autor confessa que o pais imploraram para que ele não matasse Elias, já ferido. Mas mesmo assim insistiu na ideia de matar, de levar a execução até o fim”.
Arma
Ao ser apresentar, o jovem não entregou a arma usada no crime e, segundo o delegado, alegou tê-la jogado fora em um córrego durante a fuga. Mas esta alegação, nos meus 27 anos de polícia, já devo ter ouvido umas mil vezes”, observou o delegado.
Sobre o irmão de Wericks, Weverton Abel de Araújo, de 29 anos, que foi conduzido para a delegacia no dia do crime, o delegado de plantão não ratificou a prisão dele naquele dia. Marcelo ressalta que não vê a participação dele no crime. O Elias, depois de ameaçar e discutir com os irmãos, desferiu golpes com capacete na cabeça deste irmão (Weverton) e ficou ali tonto, sem condição de fazer nada. Na verdade, não tem participação nenhuma dele”.
O delegado confirmou que a arma do homicídio é a segunda que estava em poder de Wericks, somente no mês de fevereiro. No dia 3, conforme noticiado pelo Diário do Aço, ele foi preso com um revólver e 175 cartuchos intactos.
O investigado foi preso e autuado posse ilegal de arma e munições e agora pode se complicar, avalia o delegado: Ele obteve liberdade provisória mediante pagamento de fiança e o que ele fez, ao sair da cadeia? Fez a mesma coisa, comprar uma arma ilegal”, concluiu o delegado.
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Oliveira
26 de fevereiro, 2022 | 00:12Um CPF danificado foi recolhido deixando outro CPF ruim para ser o próximo. Segue a lista. Ainda vão dizer que era um bom CPF de família.”