23 de fevereiro, de 2022 | 15:00

Suspeito de matar mulher em Ipatinga é perseguido e escapa por pouco de ser linchado

Um homem, de 33 anos, que estava na posse de anéis e de um relógio, supostamente de propriedade de Daiany da Silva Alves, de 30 anos, a mulher encontrada assassinada nas proximidades do Kartódromo, em Ipatinga, foi perseguido por populares e escapou por pouco de ser linchado na avenida JK, bairro Jardim Panorama, na noite de terça-feira (22).

No fim do registro, o homem foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil, que às 10h de quinta-feira (24), apresentará informações acerca do andamento da apuração do caso, que teve grande repercussão esta semana.

A reportagem do jornal Diário do Aço apurou, no local dos fatos, que a polícia foi acionada na noite de terça-feira (22), com a informação de que um grupo de pessoas perseguia um homem que corria pela avenida.

O homem só não foi linchado pelos populares enfurecidos porque policiais do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), que atua no policiamento com motocicletas, chegaram rapidamente ao local.

Os policiais fizeram a abordagem ao indivíduo que era perseguido e, ao ser submetido a buscas pessoais, foi encontrado no bolso de sua bermuda um relógio na cor dourada e dois anéis, um de prata e outro dourado, com uma pedra. Ele se identificou como F.J.A., de 33 anos, mas não portava nenhum documento. Alegou que perdeu a carteira de identidade e não fez a segunda via.

Os populares reafirmaram aos policiais que aquele homem seria o autor do assassinato da mulher encontrada seminua e com sinais de violência pelo corpo na manhã de terça-feira (22).

Uma irmã da vítima confirmou que o relógio encontrado com o homem era de propriedade de Daiany. Em entrevista à reportagem do jornal Diário do Aço, F.J. confirmou que trocou uma pedra de crack no relógio com um usuário, mas não soube ou não quis dizer quem seria a pessoa. “Eu vi que o relógio valia mais do que a pedra de crack que tinha e decidi trocar. Não peguei das mãos da mulher, que eu não conhecia, eu o peguei das mãos de um usuário”, afirmou na entrevista.

Já, a respeito dos anéis encontrados em seu bolso, F.J. disse que os teria apanhado de sua mãe. Durante todo o tempo, o homem negou envolvimento com a morte da mulher. “É um absurdo a irmã afirmar que os anéis eram da mulher encontrada morta. São bijuterias e os peguei de minha mãe, nessa recaída que tive agora”, acrescentou.
Apesar da negativa, o homem foi detido e encaminhado à delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento, como suspeito de ser o autor do crime. Outras possibilidades acerca da morte de Daiany são investigadas pela polícia. Nesta quinta-feira, às 10h, a Polícia Civil apresentará que já foi apurado acerca do crime.

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Cracolânia

Na última vez que Daiany foi vista com vida, na madrugada de terça-feira, ela embarcou na garupa de uma motocicleta na avenida Maanaim, na região onde existe uma cracolândia. O homem que supostamente pilotava a motocicleta já foi identificado pela polícia e negou que tenha transportado a vítima. O caso ainda é investigado.