
02 de dezembro, de 2021 | 18:00
Frigorífico em Jaguaraçu tem energia restabelecida, mas ainda calcula prejuízos
O Frigorífico Paladar ainda calcula os prejuízos, mas afirma ter sofrido uma redução de até 70% da produção nas três semanas anteriores. Depois de ficar em torno de 20 dias sem o fornecimento regular de energia elétrica, a diretoria da empresa conta que o serviço foi restabelecido na manhã de quarta-feira (1) e até a tarde desta quinta-feira (2) o abastecimento permanecia estável, o que permitiu a retomada das linhas de produção. Porém, um novo gerador foi alugado, para evitar novos imprevistos, até a solução total do problema.
Nesta semana, funcionários da empresa se uniram em protesto em frente à loja varejista da empresa, localizada à margem da BR-381, nas proximidades de comunidade de Lagoa do Pau, no município de Jaguaraçu.
Os problemas começaram quando a rede de energia elétrica que abastece a empresa foi destruída pelo deslizamento de encosta no distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo, ocorrido no dia 11 de novembro por causa da forte chuva que caiu naquela data. A reconstrução da linha de transmissão depende da remoção de toneladas de pedras e resíduos da pista. O trabalho paliativo de remoção das rochas começou a ser feito nesta semana, porém deve durar até 30 dias.
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Cemig
Procurada pelo Diário do Aço, a Cemig informou que faria a substituição do equipamento, responsável pelo fornecimento do cliente em questão, para melhorar a qualidade da energia, porém a solução definitiva só deve ocorrer após a reconstrução da rede elétrica de Cachoeira do Vale, após a retirada total das rochas.
Prejuízos
O Frigorífico Paladar possui 550 empregados que ficaram sem trabalhar durante o tempo que a energia teve queda na tensão e a quantidade fornecida passou a ser insuficiente para fazer funcionar todos os seus equipamentos. Além disso todo o seu estoque precisava ser mantido refrigerado com geradores de energia que já não suportavam mais a demanda. "Desde o 13/11 passamos a usar o gerador de energia, que é um paliativo para não parar uma empresa totalmente, não para ficar funcionado, 18, 20 ou 30 dias", explicou o diretor Jomar Souza Andrade.
Durante os quase 20 dias sem o fornecimento regular de energia, a empresa informou que operou com gerador de energia, porém alternando os produtos entre diferentes câmaras de resfriamento e congelamento. Além de caminhões-baú refrigerados para manter a temperatura ideal dos produtos.
A empresa sediada em Jaguaraçu atende a cerca de 10 mil clientes e abastece, além do mercado do Vale do Aço, outras regiões em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo.
O prejuízo monetário ainda não foi devidamente calculado. Mas o maior prejuízo foi ter animais vivos dentro do curral, 700 toneladas de carne estocada, sem energia para produzir e colaboradores querendo trabalhar, gerando um sentimento de impotência, pois a solução não estava ao nosso alcance”, afirmou Jomar.
O diretor acrescentou que o frigorífico Paladar é dividido em cinco setores: abate, miúdos, desossa, fábrica de embutidos e expedição. Sem energia, houve alteração do horário de trabalho dos setores, reduzindo a produção em cerca de 70%. O diretor acredita que, se a energia se mantiver estável, o retorno da produção será restabelecido rapidamente.
No entanto, há reflexo de desgaste tanto de equipamentos como dos funcionários, alega Jomar Andrade. Tivemos de cancelar e postergar vários pedidos de carnes e embutidos. A indústria frigorífica é uma cadeia de produção que envolve vários segmentos, desde os produtores, fornecedores de insumos e lojistas, sendo todos eles prejudicados”, pontuou.
A empresa fornece produtos para vários estados do Brasil, tendo uma média de 10 mil clientes. Para evitar novos transtornos, enquanto não tem a certeza da completa solução do problema, a empresa alugou um gerador de São Paulo, para funcionar junto ao já existente e proporcionar mais segurança para a retomada dos trabalhos.
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Andre Silveira da Silva
03 de dezembro, 2021 | 07:55Infelizmente no Brasil tudo funciona mau, o brasileiro paga uma carga tributária muito alta e o retorno é zero, somos o país da corrupção, a situação das pedras se fosse um país que tudo funcionasse bem com uma semana eles teriam resolvido o problema das pedras, quem vai pagar o prejuízo dos moradores e das empresas?”