24 de novembro, de 2021 | 21:24
Investigador é denunciado à Justiça após indiciamento pela Polícia Civil
A 11ª Promotoria de Justiça do Ministério Público em Ipatinga, denunciou à Justiça o investigador da Polícia Civil, Elton Pereira da Costa, de Santana do Paraíso, onde o policial ocupa também o cargo de vereador.
O promotor de Justiça, Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro, denunciou o investigador pelos crimes de difamação, injúria e ameaça, baseado em relatório elaborado pelo delegado corregedor da PCMG, Fernando José Barbosa Lima, que indiciou o investigador por meio do Núcleo Correcional do 12º Departamento de Polícia.
Conforme apurado nas investigações realizadas pela Polícia Civil, em março e abril deste ano, após ser deixado de fora de uma operação policial que apurava o caso da enfermeira Priscila Cardoso, sequestrada na saída de seu local de trabalho a Unidade Básica de Saúde do bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso e assassinada logo em seguida, o investigador passou a ameaçar e a ofender moralmente, pelas mídias sociais, um inspetor, um investigador e dois delegados da PC, dentre eles o prefeito de Santana do Paraíso, Bruno Morato.
As mensagens, pelo WhatsApp, ganharam repercussão na cidade no início do ano. Alegava o investigador, que fora ele quem descobriu o homem que passou a ser investigado como suspeito dos crimes e que fora ignorado por seus pares no andamento da investigação. A briga interna extrapolou os limites da corporação e viraram um escândalo.
Conforme a denúncia do MP, pelas mídias sociais o investigador passou a xingar e a atribuir práticas criminosas a outro investigador e ao inspetor do Núcleo Correcional. Durante as investigações, o policial tentou fugir sentido a Governador Valadares, levando computadores e outras mídias e só não conseguiu por ter se envolvido em um acidente de trânsito na BR-381”, afirma o relatório.
O relatório da corregedoria cita que, "faz-se mister ressaltar que tais áudios, de autoria do investigado, também geraram forte mácula à imagem da Polícia Civil de Minas Gerais e, mesmo que de maneira indireta, aos demais órgãos estatais responsáveis pela segurança pública", cita o relatório.
Na conclusão, o relatório da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público apontam que o investigador buscava participar da operação policial com repercussão na região, visando angariar dividendos políticos nas mídias sociais, mas, por não ter sido autorizado, principalmente a integrar a equipe que foi ao estado do Espírito Santo buscar o autor confesso preso, passou a ofender seus superiores e colegas.
Além dos crimes de difamação, injúria e ameaça, o Ministério Público requer que o denunciado seja condenado em dano moral coletivo, no valor de R$ 50 mil, como forma de reparação.
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Valdecir Vieira dos Santos
25 de novembro, 2021 | 19:22NÃO PODEMOS ESQUECER DO INCISO CINQUENTA E SETE DO ARTIGO QUINTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.”
Ana Furtado
25 de novembro, 2021 | 08:12Parabéns a Polícia Civil e Ministério Público, unindo forças contra os maus policiais da região. Recentemente temos visto mais ações nesse sentido, o que mudou? Se investigarem mais chegarão a outras pessoas. Uma boa polícia começa dando força aos bons policiais e não escondendo os crimes praticados pelos maus.”