22 de novembro, de 2021 | 19:22

Mulher e irmão são denunciados por homicídio do companheiro dela em Ipatinga

Wellington Fred/Arquivo DA
Ademir Almeida Pereira foi executado a tiros quando voltava do trabalho para casa a péAdemir Almeida Pereira foi executado a tiros quando voltava do trabalho para casa a pé

Os irmãos V.F.S. e E.F.S. foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) à 1ª Vara Criminal da comarca, pelo homicídio premeditado do companheiro de V.F.S., ocorrido em 21 de maio de 2009. Conforme noticiado à época pelo jornal Diário do Aço, o pintor Ademir Almeida Pereira, de 31 anos, foi assassinado a tiros em uma tocaia. Ele era testemunha de um caso policial complexo à época.

Entretanto, a 11ª Promotoria de Justiça da comarca, a motivação do assassinato foi outra e está relacionada ao fato que, para receber herança e pensão por morte, V.F.S. encomendou o assassinato do próprio companheiro ao irmão dela, o militar reformado E.F.S., que, na época, pertencia ao quadro da ativa da Polícia Militar.

Consta na denúncia que o então policial militar ficou escondido no ponto mais alto e pouco iluminado de um morro, no bairro Vila Militar, de onde fez vários disparos, acertando quatro tiros no cunhado, quando ele voltava do trabalho e estava quase chegando em casa, a pé.

O promotor de Justiça Jonas Linhares Costa Monteiro destaca que E.F.S. e V.F.S. aproveitaram que conheciam a rotina da vítima para planejar e executar o crime, por motivo torpe, mediante recurso que impediu reação da vítima e colocou em risco a vida de outras pessoas, nas proximidades.

O MPMG ressalta, também, que, o crime ultrapassou “o grau ordinário de culpabilidade”, pois, EFS, que deveria agir na prevenção e repressão de crimes, violou o dever de policial militar, e que “tal conluio homicida e conspiratório entre familiares não é comum em homicídios desta comarca, o que causou forte abalo em toda a comunidade”.

Além da condenação pelo homicídio triplamente qualificado, o promotor de Justiça Jonas Linhares Costa Monteiro requer a condenação dos denunciados pelos danos moral e material resultantes do crime. (Com informações da Ascom do MPMG)

Entenda o crime

O corpo do pintor Ademir Almeida Pereira, foi encontrado sem vida na avenida José Assis Vasconcelos, próximo à esquina da rua Barcelona, na entrada para o morro Santa Rosa.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas a equipe não tinha mais o que fazer. A morte da vítima foi confirmada.

No Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga, os legistas constataram que a vítima foi atingida por quatro tiros, na mão esquerda, no tórax e na cabeça (dois). Ademir era casado e deixou duas filhas, de 8 e 5 anos de idade. Ele morava na rua Toronto, no bairro Vila Militar, em Ipatinga, para onde seguia antes de ser executado.

O homem era testemunha de um caso policial que culminou com o assassinato de um de seus irmãos, atribuído a um soldado da PM.

Arquivo DA
Homem assassinado a tiros era testemunha de um complexo caso de execução de um de seus irmãos Homem assassinado a tiros era testemunha de um complexo caso de execução de um de seus irmãos
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