23 de maio, de 2009 | 00:00

Assassinada testemunha do ‘caso da moto verde’

Polícia encontra corpo de pintor em rua do Bethânia, com quatro marcas de tiros

Reprodução
Ademir Almeida Pereira (detalhe) tinha de 31 anosAdemir Almeida Pereira (detalhe) tinha de 31 anos

O pintor Ademir Almeida Pereira, de 31 anos, foi encontrado morto na noite de anteontem, na avenida José Assis Vasconcelos, próximo à esquina da rua Barcelona, na entrada para o morro Santa Rosa, no bairro Bethânia, em Ipatinga.

Uma pessoa suspeita do crime chegou a ser detida pela Polícia Militar, mas nada se confirmou inicialmente em relação ao seu envolvimento. Ademir era testemunha de um rumoroso caso policial que culminou com o assassinato de um de seus irmãos, atribuído a um soldado da PM.

O corpo de Ademir, com marcas de vários ferimentos, foi descoberto por uma viatura do Gepar (Grupamento Especializado em Áreas de Risco) que passava pelas proximidades. Os policiais foram alertados por moradores e logo foi acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou a morte do pintor.

O perito criminal Izaque Vasconcelos apreendeu no local um projétil, possivelmente de calibre 38, mas nenhuma testemunha foi identificada pela PM. “É o medo dos moradores de falar algo”, admitiu o cabo Vicente de Paula, que registrou a ocorrência com o soldado André Barros.

No Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga, os legistas constataram que a vítima foi atingida por quatro tiros, na mão esquerda, no tórax e na cabeça (dois). Ademir era casado e deixou duas filhas, de 8 e 5 anos de idade. Ele morava na rua Toronto, no bairro Vila Militar, em Ipatinga, para onde seguia antes de ser executado.

Suspeito

O DIÁRIO DO AÇO acompanhou os trabalhos da polícia até a localização de um suspeito, o ajudante R.F.S., 36 anos, que estava passando de bicicleta pelo bairro Jardim Vitória, em Santana do Paraíso. Ele estava com a camisa suja de sangue e, diante da suspeita, foi conduzido para a 1ª Delegacia Regional de Ipatinga.

Após prestar esclarecimentos, ele foi liberado, mas sua camisa foi apreendida para exames. Em conversa com a reportagem, o suspeito alegou que voltava de um bar em Águas Claras. Com sintomas de embriaguez, R.F. contou que o sangue na sua camisa seria resultado de uma queda de bicicleta.

“Eu cortei aqui [no lábio superior]. É isso. Não sei nada de homicídio”, afirmou o suspeito, que confirmou ser réu em um processo de homicídio em 1996, no bairro Vila Celeste, em Ipatinga.
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