16 de novembro, de 2021 | 10:58
Filho acusado de tramar a morte do pai em Ipatinga e um dos acusados do assassinato sentam-se hoje no banco dos réus
Alex Ferreira
Tribunal do Júri julga hoje dois dos cinco acusados de envolvimento em envolvidos em trama para matar eletricista aposentado da Usiminas

O Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga julga hoje um complexo caso de um filho acusado de armar uma trama para matar o próprio pai, para ficar com o dinheiro da herança e do seguro. A vítima tinha acabado de se aposentar na Usiminas. As investigações indiciaram cinco pessoas envolvidas nesse caso. Dentre eles J.B.S.S., de 37 anos, que ao lado de Matheus, é levado a julgamento pelo Júri Popular nesta terça-feira. Outros três indiciados nesse caso tiveram o processo desmembrado. Um deles, inclusive, está foragido.
Pesa contra o mototaxista J.B.S. o fato de a quebra do sigilo telefônico indicar que ele esteve no local do crime, na data e horário em que a vítima foi morta a tiros. Além disso, apesar de negar inicialmente em depoimento que conhecesse Matheus, a polícia descobriu que a esposa de João Batista é prima da namorada de Matheus.
Conforme as investigações da Delegacia de Homicídios de Ipatinga, cuja conclusão foi anunciada em 21 de setembro de 2020, o eletricista aposentado Evenilson Gonçalves, de 48 anos, morto a tiros na noite de 27 de julho de 2018, na rua Martin Afonso de Souza, no bairro Bom Retiro, foi vítima de um crime encomendado.
O filho da vítima, Mateus Andrade Gonçalves, na época com 25 anos, foi indiciado pelo assassinato como mandante para poder ficar com a herança do pai. O delegado Eduardo Vinícius, titular da delegacia de Homicídios, afirmou que as investigações apontaram uma trama para matar o homem que tinha acabado de se aposentar na Usiminas.
Reprodução
Evenilson Gonçalves, de 48 anos, foi executado a tiros em 27 de julho de 2018, no bairro Bom Retiro
Os policiais apuraram com o serviço de investigação e inteligência, que o filho, Matheus associou-se a J.B.S.S., de 37 anos, E.I.S., de 24, V.P.M., 27 anos e M.G.V., de 30 anos para a execução do crime.
Nos autos do Inquérito Policial ficou comprovado que o homicídio foi praticado de forma qualificada pelo motivo torpe quanto ao investigado Matheus Andrade, que agiu motivado por pretensão financeira consistente no recebimento de herança e seguro de vida do pai.
O inquérito relata o papel de cada um dos envolvidos no crime, que armaram uma emboscada para o assassinato de Evenilson Gonçalves.
Evenilson Gonçalves não possuía qualquer anotação criminal, além de ser tido como cidadão ordeiro e trabalhador, o qual inclusive não teve como aproveitar de sua aposentadoria após toda uma vida de trabalho”, informou o delegado ao jornal Diário do Aço, à época da conclusão da investigação.
O aposentado foi morto a tiros quando ia guardar o carro, um Ford Focus na garagem. Foi executado com três tiros na cabeça, três nas pernas e um na mão direita.
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