18 de outubro, de 2021 | 16:51

Petrocity anuncia que começará estudos e pode confirmar Coronel Fabriciano em projeto ferroviário

A Petrocity Portos S/A fará estudos de viabilidade para confirmar se o Vale do Aço tem condições de receber uma ou duas plataformas da futura estrada de ferro que ligará o porto de São Mateus, no Espírito Santo, ao interior de Minas Gerais (Sete Lagoas). A Petrocity, juntamente a outras empresas parceiras, como a Odebrecht, começará estudos ambientais e de regularização fundiária para analisar as condições para a instalação do equipamento. Se o investimento for mesmo confirmado, o início das obras deverá ser em 2026, com 90 anos de exploração.

Em uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira (17) na Prefeitura de Coronel Fabriciano, com o prefeito Marcos Vinicius Bizarro (PSDB), além de parlamentares e empresários, foram apresentadas pelo chefe do Executivo as viabilidades de implantação da plataforma em Fabriciano. “O importante dessa reunião é mostrar que aqui temos todas as condições e estamos bem avançados em todos os estudos. E vamos ceder a iniciativa privada a área para instalação deste terminal”, defendeu o prefeito.

A área para a instalação dessa plataforma está localizada ao lado da região do novo distrito, próximo à ponte Mauá, no limite com Timóteo, com aproximadamente 100 mil metros quadrados.

Ferrovia

O projeto da nova ferrovia vem sendo anunciado há mais de um mês no cenário nacional. No último dia 21 de setembro, o projeto também foi pauta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), quando o prefeito fabricianense defendeu que a extensão da nova estrada de ferro contemple Coronel Fabriciano, principalmente para impulsionar o chamado Distrito Industrial II, tornando realidade o terminal multimodal/porto seco.

O presidente da Petrocity, José Roberto da Silva, disse que foi regulamentado efetivamente o pedido da empresa para a construção da nova linha de ferro e contempla uma capacidade de produção 77% ociosa, a ser atendida pela nova ferrovia. “Para mim a região do Vale do Aço é altamente produtiva, então agora é buscar o avanço para a definição de talvez não só uma plataforma, mas duas com a união dos municípios, plataformas independentes, porém convergentes”, confirmou José Roberto.



Captação de recursos

Perguntado sobre como o projeto, que tem um custo estimado de R$ 5 bilhões, será financiado, José Roberto falou sobre a possibilidade de fundos de investimentos estrangeiros. “Vamos apresentar um projeto que demonstre a sua viabilidade técnica, ambiental e financeira para fundos financeiros de todo o mundo, responsáveis por investimentos em infraestrutura. E nós já temos dois fundos participando de reuniões do nosso projeto”, argumentou.

Veja mais:
Ipatinga pleiteia ramal ferroviário com ligação ao porto em São Mateus

Compensação

O deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB) ressaltou que o projeto é uma oportunidade de dar a Coronel Fabriciano uma compensação histórica, de todas as vezes que ficou de fora de investimentos de grandes empresas trazidas para os municípios vizinhos, e como parlamentar dará apoio para aprovação de questões como a regularização fundiária. “Que Fabriciano possa ser confirmado nesse projeto, sendo uma forma também de fazer justiça a todas as vezes que foi deixado de lado nos investimentos de grandes empresas. E até na questão do transporte de passageiros, esse projeto poderá beneficiar a região do Vale do Aço, onde atualmente é muito pouco explorado esse sistema”, defendeu.