07 de outubro, de 2021 | 06:20
Deputado denuncia que conselheiros da Copasa recebem supersalários

Nesta quarta-feira (6) ocorreu a volta das sessões 100% presenciais na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além e questões ligadas ao governo do estado, Cemig e Copasa foram temas das pautas dos parlamentares mineiros.
Uma das denúncias é em relação à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), denunciada por pagar salários astronômicos” a sete conselheiros da sua gestão, para se reunirem uma vez por mês.
O deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania) denunciou que a Copasa pagou, somente em 2021, quase R$ 8 milhões para sete conselheiros da empresa, que participam de apenas uma reunião por mês. Este é o real motivo da (conta de) água estar tão cara: R$ 130 mil pagos por mês para cada conselheiro. Isso precisa acabar”, reclamou.
O parlamentar citou os nomes dos conselheiros: André Macêdo Facó, Hélio Coutinho Beltrão, Joel Musman, Márcio de Lima Leite, Reynaldo Passanezi Filho, Carlos Eduardo Rocha e João Bosco Senra, este último, representante dos empregados.
E pediu que eles ajudem a empresa a atuar de forma eficiente: Temos mais de 30 cidades no Estado sem fornecimento de água, parte da população sem saneamento básico e com esgoto a céu aberto. Façam a Copasa trabalhar direito”, apelou.
Por fim, o deputado pediu que os colegas olhem com carinho os projetos apresentados por ele: Sou um dos que mais propôs projetos, entre eles, o que dá ao cidadão a liberdade de comprar a placa de carro onde quiser”.

Auxílio financeiro
Ao falar sobre o anúncio de pagamento da parcela única de R$ 600 do auxílio financeiro do Estado, o deputado André Quintão (PT) elogiou a iniciativa da Assembleia, que aprovou o projeto que criou o benefício, e ao mesmo tempo, condenou as falas de Zema sobre o assunto.
Cumprimento Agostinho Patrus e todos os parlamentares; tivemos coragem de avançar para um programa de complementação de renda”, enalteceu. Por outro lado, ressaltou: Zema disse que a parcela ia ser usada para pessoas gastarem em botecos, revelando preconceito contra os pobres e desconhecimento de como os recursos são usados desde a instituição do Bolsa Família”.
André Quintão completou que, se o gestor estadual avalia que a transferência de renda paga mensalmente é mais efetiva, deve acelerar a tramitação de projetos na Casa que estabelecem a renda básica estadual, de R$ 150, complementar ao Bolsa Família. Por fim, o deputado criticou a postura do governador durante a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, a Minas. Perto de Bolsonaro, que segurava uma criança fardada, ele tirou a máscara. É inacreditável”, disse.
Críticas e opções ao regime de recuperação são apresentadas
Em tom de alerta, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) falou sobre a proposta do governo que prevê a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, proposto pelo governo federal.
Minas tem sido pressionada a adotar o regime, pois há risco de o estado ser obrigado a pagar dívidas imediatas com a União, que somam R$ 26,5 bilhões, conforme já noticiado pelo Diário do Aço. Se somada essa dívida com os débitos junto a bancos o valor sobe para R$138 bilhões. Para 2021, a receita estimada no orçamento estadual é de R$105,7 bilhões e a despesa fixada é de R$121,9 bilhões, com a previsão de déficit orçamentário no valor de R$16,2 bilhões.
O governador tenta emplacar um projeto falido, que não deu certo em nenhum Estado. O Rio de Janeiro, que aderiu a esse regime, quebrou”, registrou. Ela explicou que se houver adesão, políticas sociais, como de educação e saúde, serão cortadas.
A parlamentar acrescentou que, além do Executivo, o Legislativo será afetado, pois toda a gestão ficará subordinada ao governo federal por nove anos, o qual forçará Minas a vender suas estatais. E todo o serviço público será precarizado, pois o Estado estará impedido de fazer concursos ou reajustar salários.
Noutro momento, Beatriz Cerqueira valorizou a CPI da Cemig, que traz à tona o aparelhamento da empresa. Contratos bilionários sem licitação; diretor de Cemig indicando sua empresa para fazer contratação”, citou ela, destacando que a comissão tornou públicos esses fatos.
Deficit
Por fim, o deputado Virgílio Guimarães (PT) buscou mostrar ao governo opções distintas do Regime de Recuperação Fiscal visando à redução do deficit estadual. Desde 2019, tenho apontado que há setores à margem da nossa tributação. O principal é o segmento dos gigantes internacionais da comunicação”, historiou.
O parlamentar destacou que havia dúvidas técnico-jurídicas em relação ao enquadramento de empresas como o Whatsapp, o Facebook e o Instagram. Entretanto, conforme sua alegação, foi decidido que todos esses aplicativos fazem comunicação e lucram com ela. E com a grande vantagem de que a tributação desses grupos não é transferível para o consumidor final”, constatou.
Minuto de silêncio - Parte do tempo de Virgílio Guimarães foi utilizado para um minuto de silêncio em memória do empresário Antônio Pontes da Fonseca, vítima da Covid-19, dono da Calsete, empresa de mineração, e de outros empreendimentos em Sete Lagoas (Região Central). Começando pobre na vida profissional, Antônio Pontes engrandeceu a história da cidade”, lamentou. (Com informações da Ascom ALMG)
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Paulo Silva
10 de outubro, 2021 | 13:28Enquanto isso o salário dos funcionários está 3 anos sem reajuste. E tudo tendo alta nos preços e os funcionários sem acordo de salário.”
Joanas
07 de outubro, 2021 | 13:36E tanta desnestidade que e assustador jogando tudo Nas Costas do povo.antes a taxa minima era 10 metro cubico de agua.agora pra enganar o povo e encher o bolso destas pessoas agora e 7 metro cubido .”
Fora Copasa
07 de outubro, 2021 | 09:46? desse jeito ,super salario ,so no brasil e em minas, que empresa safada,,e nos pagando agua cara”