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09 de junho, de 2021 | 09:00

Infectologista alerta que pandemia ainda não acabou e que cuidados precisam ser mantidos

Arquivo DA
Márcio Rodrigues de Castro destacou que a terceira onda é esperada para os meses de junho e julho Márcio Rodrigues de Castro destacou que a terceira onda é esperada para os meses de junho e julho

Apesar da redução do número de óbitos por covid-19 e de casos positivos da doença na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), nos últimos dois meses (abril e maio), isso não é motivo para relaxar nas medidas preventivas. O alerta é do infectologista ipatinguense Márcio Rodrigues de Castro, em entrevista ao Diário do Aço. O profissional ressaltou que a pandemia ainda não acabou e que é preciso manter os cuidados sanitários possíveis.

Márcio Rodrigues destacou que no mês de março deste ano houve um pico de casos de covid-19 em Ipatinga, seguido por um pico de mortes pela doença em abril. “Já no mês de maio tivemos uma queda progressiva do número de mortes e uma queda do número de casos. No entanto, uma vez passado esses picos de caso e de morte, essa queda não representa o fim desta onda, já que o número de casos diários supera a média do ano anterior. Ou seja, estamos em um patamar pior do que vivenciado em 2020”, ressaltou.

Conforme o infectologista, embora tenha passado um pico de extrema gravidade, entre os meses março e abril, a situação epidemiológica ainda não é confortável. “Ainda mantemos o platô de novos casos muito elevado e já há sinais de tendência de piora, sobretudo, no número de casos após um período longo de queda. Já existem sinais desse aumento. Isso mostra que a população relaxou precocemente em relação às medidas preventivas. É possível perceber que há um aumento maior de circulação de pessoas pelas ruas, que estão desrespeitando o distanciamento social e o uso de máscara. Isso pode gerar um aumento do número de casos”, afirmou.

Nova onda

Márcio de Castro também alerta que o aumento no número de casos pode ser apenas um novo pique da segunda onda ou pode ser sinais de uma terceira onda, que é esperada entre os meses junho e julho. “Essa terceira onda prevista pode ser ainda mais acentuada com a chegada de novas cepas, como a B.1.617, a ‘cepa indiana’, que são mais transmissíveis. Temos um nível de vacinação muito baixo e que segue em ritmo lento. Temos somente cerca de 10% da população devidamente imunizada no país (com as duas doses). Dessa forma, com baixa imunização, se houve um relaxamento das medidas de precaução, nós vamos ter um novo pico de covid na cidade”, alertou.

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Eficácia contra variantes

O infectologista enfatiza que, até o momento, os estudos apontam que as vacinas disponíveis também são eficazes contra as variantes da covid. “Mas como o vírus tem o potencial de ter mais mutações, há um grande risco de as vacinas virem a falhar nos próximos anos. Provavelmente, teremos que fazer uma revacinação recorrente na população, assim como é feita a vacinação de gripe, que anualmente tem disponibilizadas vacinas focando as novas cepas do vírus influenza”, explicou.

Vacinação em massa

Conforme Márcio de Castro, a única forma de colocar um fim a pandemia é a vacinação em massa de toda população. “No município de Serrana, em que houve a imunização em massa da população, houve uma queda de 95% das mortes por covid. Portanto, sabemos que vacinação em massa pode reduzir em muito a transmissão e a morte pela covid. Nas últimas semanas estamos tendo número de casos superior ao visto no início de maio, mostrando que a situação piorou. Em Ipatinga houve um aumento de 17% em relação à penúltima semana e mais 16% na semana passada de casos novos. Estamos em uma situação nada confortável”, pontuou.
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