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05 de maio, de 2021 | 13:03

PC conclui que morte no Viaduto da Prainha foi de forma culposa

Investigação apurou as circunstâncias da queda fatal de Adam Esteves que aconteceu ano passado durante a prática de um esporte radical

Arquivo Diário do Aço
Adam tinha 26 anos quando caiu do Viaduto da Prainha, na BR-381, em Antônio DiasAdam tinha 26 anos quando caiu do Viaduto da Prainha, na BR-381, em Antônio Dias

Encaminhado para a Justiça o inquérito concluso das investigações da Polícia Civil sobre as circunstâncias que levaram a morte do técnico de informática Adam Esteves Gomes Dias Martins Cardoso, de 25 anos. Como divulgou o Diário do Aço, o jovem despencou do viaduto da Prainha, em Antônio Dias, ao praticar o esporte radical conhecido como “Rope Jumping” no dia 3 de outubro do ano passado.

As investigações foram conduzidas pelo delegado Washington Moreira, da Delegacia de Polícia Civil de Coronel Fabriciano. A morte de Adam, que era morador de Nova Era, ocorreu de forma culposa, ou seja, sem a intenção de causá-la.

O responsável pelo evento, M.A.D.C, de 33 anos, líder do grupo de aventura, conhecido como “Lagartos da Montanha”, conforme apurado nas investigações, não teria adotado as cautelas de segurança, que seriam necessárias para o salto ser realizado com segurança.

Os policiais investigaram que a morte de Adam ocorreu devido ao ajuste equivocado da corda em que a vítima se encontrava amarrada. O responsável pelo salto, não adotou a cautela de ajustar corretamente o equipamento, para evitar que Adam viesse a tocar o solo, no momento do salto.

Ainda durante as investigações, segundo a Polícia Civil, foi possível concluir que o grupo Lagartos da Montanha, do qual M.A.D.C era o responsável, adotava procedimentos precários durante os saltos. Tal como a forma em que os equipamentos eram montados, bem como pela insuficiência de profissionais capacitados para atestar a segurança de cada salto.

O viaduto da Prainha da BR-381, como é conhecido no município de Antônio Dias, possui 107 metros de altura e encontra se interditado para o fluxo de veículos e de pessoas, devido às obras da BR 381.

Cada salto custava em média o valor de R$ 100 a R$ 130. No dia dos fatos, cerca de 25 pessoas se propuseram a realizar os saltos, sendo que Adam Esteves foi o 16° da lista de pessoas.

M.A.D.C, que assumiu a responsabilidade pelo evento, foi indiciado pelo crime de homicídio culposo ao ser enquadrado no artigo 121, parágrafos 3° e 4° do Código Penal, sendo o inquérito remetido ao Fórum de Coronel Fabriciano, para a continuidade do processo.

Acidente com Adam causou repercussão

No dia do acidente que resultou na morte de Adam havia diversas pessoas praticando o esporte no Viaduto da Prainha, na modalidade chamada “Pêndulo Humano”. Assim que o jovem despencou, socorristas do Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave) e militares do 11º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Ipatinga estiveram no local, mas o técnico em informática já estava sem vida.

A morte do jovem causou repercussão e até confusão sobre a prática esportiva a qual Adam fazia. A modalidade esportiva é Rope Jump, diferente da conhecida Bungee Jump. “Rope Jump” (salto com corda), ou pêndulo, segundo um especialista ouvido pelo Diário do Aço na época da morte de Adam, seria uma “atividade feita de forma amadora utilizando uma corda normal, sem reserva e sem normas”
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