03 de outubro, de 2020 | 21:42
Polícia investiga acidente fatal em atividade esportiva radical no viaduto Prainha
Divulgação CBMMG
Jovem praticava atividade esportiva de salto com cordas, quando houve um acidente fatal

Os representantes de uma empresa que promoviam uma atividade de saltos em um dos vãos do viaduto Prainha, em Antônio Dias, evento em que acabou morrendo Adam Esteves Gomes Dias Martins Cardoso, de 25 anos, foram conduzidos para o plantão da Delegacia de Polícia Civil em Ipatinga para prestarem esclarecimentos acerca da atividade que resultou na morte de um dos praticantes de uma atividade esportiva radical.
A Polícia Militar registrou o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), contra os responsáveis da empresa contratada pelo jovem para o esporte.
A vítima, segundo a polícia, foi a 16ª pessoa a realizar o salto, neste sábado. Houve o rompimento do sistema de amortecimento, onde funciona as travas do sistema de pêndulo”, registraram os policiais no boletim.
O grupo estava reunido sobre o viaduto Prainha, na BR-381, e praticavam uma modalidade chamada Pêndulo Humano”, quando um dos praticantes, que estava ancorado, pulou e veio a cair de uma altura de aproximadamente 100 metros.
Quando socorristas chegaram ao local encontraram o jovem Adam Esteves já sem vida. Além do Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave), também uma equipe do 11º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Ipatinga esteve no local.
Conforme o Corpo de Bombeiros foi constatado que um grupo denominado Lagartos da Montanha realizava uma atividade denominada Pêndulo Humano” na estrutura do viaduto.
A Polícia Militar também esteve no local, registrou a ocorrência e conduziu os organizadores do evento para a delegacia da PCMG.
Diferentemente do que fora divulgado anteriormente, a atividade não era Bungee Jump. Em contato com a redação do Diário do Aço, um especialista em esportes radicais explicou que o nome correto é Rope Jump” (salto com corda), ou pêndulo, atividade esportiva diferente do Bungee Jumping.
Reprodução
Adam Esteves tinha 25 anos e morava em Nova Era, onde tinha uma empresa da área de informática

Quem explica é Vanio Beatriz, da empresa MasterJump: Trata-se de uma atividade feita de forma amadora utilizando uma corda normal, sem reserva e sem normas. Já o Bungee Jumping, do qual fui coordenador da norma ABNT, possui uma (corda) que fica de reserva e teria impedido o praticante de tocar o solo, claro que se devidamente instalada e conectada. Além do quê, a venda das cordas elásticas para a prática do Bungee Jumping é controlada no Brasil”, detalhou Vanio, em mensagem enviada ao jornal.
Repercussão
Muito conhecido em Nova Era, a morte do jovem Adam Esteves é alvo de manifestação dos amigos, que lamentam o acidente.
Adam era técnico em informática, tinha uma empresa e trabalhava com manutenção de redes de computador e circuito interno de segurança.
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