03 de março, de 2021 | 16:02

Ipatinga está há três dias no limite da lotação de leitos de UTI Covid SUS

Pacientes de outros municípios são maioria entre os internados em Ipatinga; Prefeitos mobilizam forças para ampliar oferta de leitos


Pelo terceiro dia consecutivo, o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Ipatinga mostra que o município está no limite da lotação dos leitos de UTI SUS Covid-19. Mas essa não é uma realidade de hoje, vem se repetindo de forma alternada desde meados de fevereiro.

Nesta terça-feira, não foi registrado nenhum óbito em Ipatinga, conforme os dados oficiais, mas dos 45 leitos de UTI destinados aos pacientes graves de covid-19, 44 (98%) estava ocupados.

Na segunda-feira (1), essa situação já tinha se repetido e no domingo, último dia de fevereiro também.

A superlotação, conforme mostram os boletins diários divulgados pelo município, é uma realidade desde o dia 16 de fevereiro. De lá para cá o índice de ocupação dos leitos de UTI Covid SUS manteve-se acima de 90% e nos dias 20, 21, e 24 de fevereiro, atingiu 100% de ocupação.

Isso significa que se houve demanda por respiradores em função do agravamento dos sintomas da covid-19, o paciente teve que esperar.

Origem dos pacientes

Outro dado diário divulgado pela Secretaria de Saúde e que tem chamado a atenção é a origem dos pacientes. Desde o começo do histórico de ocupação dos leitos de UTI Covid SUS e Enfermaria, os dados mostram que pacientes de Ipatinga mantém uma média de ocupação pouco acima de 35%.

Para exemplificar, o boletim divulgado nesta terça-feira mostra que dos pacientes nos leitos de UTI e Enfermaria no município, 36% são de Ipatinga. A taxa de ocupação considerando pacientes da microrregião de saúde de Ipatinga é de 63%.

Entretanto, os leitos estão ocupados também por pacientes vindos de outras microrregiões. São no total 18 pessoas, das quais, 7 de Coronel Fabriciano, 5 de Timóteo, duas de Córrego Novo, duas de Pingo-d'Água, uma de João Monlevade e uma de Jaguaraçu.

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Assunto foi discutido em reunião do G4



A insuficiência de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) foi um dos assuntos tratados na reunião dos quatro prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Aço (G4), realizada segunda-feira (1). O entendimento é que o problema não é uma característica exclusiva das cidades do Vale do Aço, mas de todo o Brasil.

Fundamentado nessa realidade, o prefeito Gustavo Nunes levantou a necessidade de ampliação dos leitos na região. O tema foi julgado pertinente por todos os integrantes do Grupo e foi agendada, para o dia seguinte, uma reunião para tratar do assunto com o superintendente Regional de Saúde, Ernany Duque, na sede da SRS, em Coronel Fabriciano. O resultado da reunião ainda deverá ser divulgado.
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Comentários

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Sensato

03 de março, 2021 | 12:11

“Cleuzeni;... na época da eleição, ele próprio (Gustavo) falou que se tivesse aberto o hospital de campanha teríamos mais uti's disponíveis. Quer dizer que o nardinheiro agiu corretamente na época?? E o Gustavo mentiu?... Todo mundo fala uma coisa, é uma politicagem danada e nada de efetividade.”

Amadeu

03 de março, 2021 | 11:15

“Bom Dia,
Falou em campanha.....será que vai abrir o hospital de campanha..votei e não voto mais ...tudo é enganador..
Vamos dá o troco.
Ok”

Cleuzeni Torres

03 de março, 2021 | 08:23

“Sensato, hospitais de campanha são uma enganação. A lotação citada nessa reportagem do jornal, pelo que entendi, é de leitos de UTI. E esse setor dentro de um hospital é o mais sensível de todos. Não se "improvisa" UTI em barracas de lona, entre placas de compensado e ou escolas. O que Ipatinga precisa é ampliar os leitos UTI Covid SUS nos hospitais e onde já existe todo o equipamento e ferramentas necessárias para o suporte às UTIs, Esqueça a falácia do hospital de campanha, Tem vaga sobrando (por enquanto), nas enfermarias dos hospitais.”

Sensato

03 de março, 2021 | 08:05

“Gustavo nunes falou que iria abrir o hospital de campanha e cadê? Falou do nardinheiro e até agora não mudou nada.”

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