16 de outubro, de 2020 | 20:30

Latrocínio de padre foi planejado para levantar dinheiro para o tráfico, afirma delegado

O delegado da Polícia Civil em Manhumirim, Glaydson de Souza Ferreira, que preside as investigações acerca do latrocínio (roubo seguido de morte) do padre Adriano da Silva Barros, de 36 anos, ocorrido em Manhumirim, afirmou nessa sexta-feira que o crime foi planejado para quitar dívidas com traficantes do Rio de Janeiro.

O latrocínio foi descoberto no começo da noite de quarta-feira (14) e o autor confesso do crime, Giovani Oliveira dos Santos, 22 anos, foi preso ainda na quarta-feira, pela Polícia Militar.

O delegado informou que o roubo foi planejado em uma reunião no sábado (10) entre o jovem de 22, preso, o irmão dele e mais um morador de Manhumirim. O motivo de tudo é que um dos autores estaria com uma dívida no tráfico no Rio de Janeiro, entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.

O irmão do autor confesso preso atualmente mora na Baixada Fluminense e está envolvido com o tráfico de entorpecentes naquela região. Ele ficou devendo uma quantia à organização criminosa, porque teria perdido uma carga de entorpecentes em uma operação da polícia.

Apertado e com risco de ser assassinado, voltou à sua terra natal, Manhumirim, para levantar o dinheiro. “Foi quando, então, tiveram a ideia de cometer esse assalto”, acrescentou o delegado Glaydson de Souza.

O padre foi atraído para uma emboscada. Os criminosos tentaram fazer com que ele entregasse dinheiro, além do carro dele, um Chevrolet Onix, que foi levado.

Os indícios apontam que o padre foi torturado em um local ainda não sabido, diferente de onde o seu corpo foi desovado. Não se sabe se os bandidos conseguiram dinheiro e o carro do religioso foi levado para o Rio de Janeiro pelos outros envolvidos no crime.

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