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24 de setembro, de 2020 | 06:40

Ministério da Saúde alerta: casos semanais de covid-19 voltam a subir

Diagnósticos positivos da doença aumentaram 10% na última semana

Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil
Alex Pazuello/Semcom / Senado
O número de mortes em função da pandemia do novo coronavírus chegou a 138.977 no Brasil, conforme a mais recente atualização de dados do Ministério da SaúdeO número de mortes em função da pandemia do novo coronavírus chegou a 138.977 no Brasil, conforme a mais recente atualização de dados do Ministério da Saúde

Na última semana epidemiológica, os números de casos e mortes voltaram a subir após queda acentuada na semana anterior. Os registros de diagnósticos positivos para covid-19 aumentaram 10% e as notificações de óbitos pela doença tiveram um incremento de 6%.

O número de mortes em função da pandemia do novo coronavírus chegou a 138.977 no Brasil, conforme a mais recente atualização de dados do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta quarta-feira (23).

Nas últimas 24 horas, foram registrados 869 novos óbitos. Ontem, o total estava em 138.108. As autoridades de saúde ainda investigam 2.422 mortes que podem ou não estar relacionadas à doença.

Já o total de casos acumulados atingiu 4.624.885. Entre ontem e hoje, as secretarias estaduais de saúde acrescentaram ao sistema do Ministério da Saúde 33.281 novos diagnósticos da covid-19. Ontem, o sistema marcava 4.591.604 de pessoas infectadas, desde o início da pandemia.

Retomada do crescimento da curva

Os dados estão no Boletim Epidemiológico desta semana apresentado em entrevista coletiva do Ministério da Saúde hoje (23). A análise considera a Semana Epidemiológica (SE) 38, referente ao período do dia 13 ao dia 19 deste mês. O indicador da SE é empregado por autoridades de saúde para medir a evolução de pandemias, como a do coronavírus.

Segundo os dados do Ministério da Saúde, a soma de casos na SE 38 foi de 212.553, contra 192.687 na semana epidemiológica anterior. A curva havia iniciado um movimento de queda na SE 30; há dois meses, teve um incremento entre as SEs 35 e 36 e havia sofrido uma queda grande entre as SEs 36 e 37, até ter essa reversão da tendência.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros, trouxe pela primeira vez um comparativo de duas semanas (período utilizado por autoridades de saúde por ser o tempo de manifestação do coronavírus), destacando que apesar da alta registrada na última semana, se considerado este intervalo, houve baixa.

“Verificamos que houve aumento na última semana. Mas quando olhamos o período que usamos de parâmetro como de 14 dias consecutivos temos redução de 23% de novos casos”, ponderou o secretário.

A mudança na trajetória da curva se deu em todas as regiões do país, sendo maior no Centro-Oeste (16%), Sul (12%) e Nordeste (11%).

Evolução do número de novos registros de casos de covid-19 por SE. Brasil, SE 38.Evolução do número de novos registros de casos de covid-19 por SE. Brasil, SE 38.


A reversão no movimento de queda também ocorreu na curva de mortes. Na última semana epidemiológica, foram registrados 5.322 óbitos, contra 5.007 na anterior. A curva estava em um platô desde a SE 23, em maio. Passou a apresentar uma redução leve a partir da SE 30, consolidando a tendência na SE 34.

Medeiros comentou que o ministério está avaliando, mas que na mudança das curvas, o aumento de testes e outros fatores podem ter influenciado. “Estamos testando muito mais no Brasil do que no passado. Quando isso ocorre, tem muito mais chances de identificar casos novos. Nas últimas semanas, tem havido finalização de análise de óbitos que não estavam conclusas”, pontuou.

Na distribuição por estados, o aumento nos casos se deu, sobretudo, na Região Norte (40%). Também houve incremento no Sudeste (10%) e Sul (6%). Já no Nordeste (-5%) e Centro-Oeste (-2%) houve leve diminuição.

Evolução do número de novos registros de óbitos de covid-19 por SE. Brasil, SE .Evolução do número de novos registros de óbitos de covid-19 por SE. Brasil, SE .


Veja também:
Números oficiais do novo coronavírus (covid-19) no Vale do Aço
Municípios do Vale do Aço registram mais dois óbitos por covid-19

Situação internacional

Na situação mundial, até o momento, foram registrados 31.3745.325 casos e 966.399 óbitos desde o início da pandemia. Os Estados Unidos têm 6,8 milhões de casos, Índia com 5,6 milhões e Brasil com 4,5 milhões.

Em número de mortes, os EUA lideram com 198.793 e o Brasil vem na 2ª posição, com 137,2 mil casos.

Quando olha-se a situação de casos por 1 milhão de habitantes, situação mundial é de 4.019 casos e 123,8 mortes. No coeficiente de incidência (casos por 1 milhão de habitantes) o Brasil está na 11ª posição, enquanto na taxa de mortalidade (falecimentos por 1 milhão de habitantes) o Brasil fica na 7ª colocação.

SRAG

Até a SE 38, foram registrados 388.091 casos de covid-19 com Síndrome Respiratória Aguda Grave. Outros 84.474 ainda estão em investigação. Já os óbitos por covid-19 e SRAG somaram 133.092, com 2.433 em investigação.

Consórcio Covax

Na entrevista online, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, confirmou que o governo federal tem a intenção de aderir à Covax Facility, um grupo de vários países que tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de vacinas e proporcionar mundialmente o acesso equitativo destas soluções.

“A Covax reúne diversas propostas de desenvolvimento de vacina, atuando com princípios como segurança, eficácia, logística. No caso do Brasil, trabalhamos com critérios como ser viável levar à população”, explicou Neto.

Apesar do nome parecido, a Covax não se confunde com a Covaxx, subsidiária da empresa de biotecnologia norte-americana United Biomedical Inc, que firmou parceria com o laboratório nacional Dasa para testar mais uma alternativa de vacina contra o coronavírus.

Saúde mental

Angotti Neto informou que o governo pretende disponibilizar recursos aos municípios para reforçar a aquisição de medicamentos para enfrentamento a problemas de saúde mental. Segundo ele, a intenção é fortalecer o poder de compra das prefeituras diante das repercussões da pandemia no bem-estar mental da população.
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Comentários

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Marcos Guimarães

24 de setembro, 2020 | 20:16

“Quem tiver comorbidades e NÃO LEVAR AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO A SÉRIO, É CANDIDATO ATÉ MESMO A MORTE.
Eu saio para o trabalho de madrugada e vejo aberto os bares que deveriam fechar as 23hs.
Eu vejo o pessoal correndo, malhando e a terceira idade indo e vindo de boas.
Máscara?????
Que Deus salve o planeta.”

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