04 de setembro, de 2020 | 00:10

Estado deve anunciar hoje decisão sobre hospital em Timóteo

São Camilo deixa unidade hospitalar na segunda-feira e Vital Brazil só permanecerá aberto se poder público solucionar impasse em contrato com nova mantenedora

Arquivo DA
Sem mantenedora a partir de 7 de Setembro, hospital em Timóteo fecha as portas; saída emergencial pode ser anunciada hoje Sem mantenedora a partir de 7 de Setembro, hospital em Timóteo fecha as portas; saída emergencial pode ser anunciada hoje

A prestação de serviços da Sociedade Beneficente São Camilo será encerrada em Timóteo na próxima segunda-feira e o hospital fechará as portas, se não houver entendimento entre Aperam, Secretaria de Estado da Saúde e município de Timóteo. Já antevendo o pior cenário possível, a São Camilo já decidiu: os pacientes hospitalizados do Usisaúde serão transferidos para o Hospital Márcio Cunha. O número não foi revelado.

Também não foi revelado pelo Estado de Minas Gerais o destino de outros pacientes que estão hospitalizados. A expectativa é que nessa sexta-feira (4), a Secretaria de Estado da Saúde anuncie uma saída para evitar que a unidade feche as portas.

Em um comunicado enviado aos seus clientes, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) informa que foi comunicada oficialmente pela direção do Hospital e Maternidade Vital Brazil, que por decisão da mantenedora, São Camilo, suspenderá os atendimentos em Timóteo a partir do dia 7 de setembro, próxima segunda-feira.

A mantenedora do HMC afirma que os pacientes que estiverem em tratamento no hospital em Timóteo, pelo Usisaúde, plano privado mantido pela FSFX, "terão a garantia da continuidade do atendimento até a sua finalização, além de poderem contar com a rede credenciada e a excelência do Hospital Márcio Cunha para demais procedimentos".

A fundação também anuncia que pretende abrir, em breve, uma nova Unidade de Pronto Atendimento em Timóteo. Veja a íntegra da nota:
Reprodução


Entenda o que está ocorrendo no HMVB

A situação do Hospital Vital Brazil era discutida desde o começo do ano, quando a Sociedade Beneficente São Camilo anunciou que não tinha interesse em renovar o comodato para manter a operação do hospital em convênio com o Sistema Único de Saúde.

No mês dia 5 de junho chegou a ser anunciado pelo presidente da Aperam, Frederico Ayres, que o Hospital Vera Cruz seria o novo mantenedor do hospital, no lugar da São Camilo.

Entretanto, uma reviravolta ocorreu no fim do mês de agosto, quando o juiz de Direito da 2ª Vara Civel da Comarca de Timóteo, Maycon Jésus Barcelos, acatou uma ação movida pelo Ministério Público e suspendeu o contrato entre Aperam e o Hospital Vera Cruz.

Na ação, o MPMG sustentou que não foi preservado o atendimento público da população local pelo SUS. Na prática, falta um convênio entre a nova mantenedora e o Governo do Estado de Minas Gerais, sem o qual, seria impossível o atendimento via SUS. O governo de Timóteo anunciou uma mediação para a crise, mas sem resultados até agora.

Reunião de emergência

Na estaca zero e a cinco dias da saída da São Camilo, e na iminência de o hospital fechar, as portas, nessa quarta-feira (2) estiveram reunidos discutindo uma saída emergencial para a crise que se aproxima, representantes do Estado de Minas Gerais, do Município de Timóteo, Aperam e Ministério Público.

A reunião terminou sem uma definição, mas a expectativa é que até a tarde desta quinta-feira haja algum anúncio para evitar que o hospital feche as portas. Entretanto, se ocorrer, os pacientes atualmente em atendimento serão transferidos para o Hospital Márcio Cunha. Mais informações serão divulgadas ainda hoje.

Nota da prefeitura de Timóteo

Em nota, a administração de Timóteo confirma que o prefeito de Timóteo, Douglas Willkys participou na tarde de quarta-feira de uma reunião presencial no escritório central da Aperam para discutir a situação do Hospital e Maternidade Vital Brazil.

"A pedido das partes envolvidas ficou definido que não haverá manifestação pública sobre o assunto, por enquanto, até que seja encaminhado em definitivo. Foram encaminhadas algumas deliberações e o governo do Estado de Minas Gerais ficou de se posicionar dentro de 48 horas acerca do que foi tratado. Durante o encontro o prefeito reiterou que, independentemente dos desdobramentos sobre o futuro da instituição, o Município está empenhado para que não haja prejuízos no atendimento à população pelo SUS", conclui a nota.

Aperam

Procurada pelo Diário do Aço, a assessoria de Comunicação da Aperam South America informou que “nesse momento, a Aperam não irá se manifestar sobre o assunto”.
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Comentários

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Cidadao de Bem

04 de setembro, 2020 | 13:37

“Esse hospital é uma piada, TODAS as vezes que precisei tive que pagar para ser atendido , um serviço muito ruim.
Só atende se pagar!!! Burocracia pura uma covardia!!! recebem do SUS e dos pacientes!!!
A cidade existe por causa da APERAM (ACESITA) com essa empresa não tem compromisso social algum com a cidade ela deveria ficar a cargo pelo ao menos do HOSPITAL....”

Marcia

03 de setembro, 2020 | 23:18

“Hoje estive na Hmvb. Se vocês vissem a situação dos funcionários. Sem esperança, desânimo total. Pessoas que sobrevivem daquele serviço sem uma posição. Um descaso, um desrespeito total.
Sem falar da população que ficará sem assistência a saúde.
É um absurdo o que ocorreu.
Tiveram mais de 6 meses para decidirem.
Aperam também não avaliou corretamente sua escolha.
Como fazer um contrato com um hospital que atende somente a saúde suplementar? Os funcionários da empresa possui plano e o restante da população? Como fica?
Deviam todos terem vergonha disto tudo ocorrer.
É muita incompetência.”

Joao Muniz

03 de setembro, 2020 | 18:56

“A matéria se refere aos usuários do plano Usisaúde. O HMVB é um hospital privado que por acaso atende SUS, de forma complementar. Nunca foi hospital público. Em país onde nao se respeita a iniciativa privada, nao é de se assustar. Hoje é um hospital privado sem liberdade, amanha é sua residência. Daqui a pouco a os gestores belgas mudam a planta da Aperam para outro país e prefeitinho fica por ai com politicagem. A grande realidade é que os gestores estaduais nunca colocararam a rede pública para funcionar. Nas pactuaçoes da rede SUS, o HMVB sempre foi complementar. A referência pactuada na rede é o Hospital José Maria de Moraes, para a microrregiao. Agora se o estado cedeu hospital estadual, referencia da micro para a prefeitura de Cel Fabriciano, há clara falha de gestão e pensamento de rede. Deveriam se envergonhar e irem para casa e dar lugar para outros mais competentes. Agora querem colocar nas costas da iniciativa privada o ônus. Outra coisa, 30% de 100 leitos é 30, mas 30% de 300 leitos é 90. Agora se a populaçao ainda quer atravessar o rio doce para tudo e pensam pequeno, como seus políticos, que assim seja.”

Jacu

03 de setembro, 2020 | 17:57

“E AQUELES QUE TEM O SEU ATENDIMENTO PELO CONVENIO NESSE HOSPITAL,COMO FICA AGORA?”

Rwnato

03 de setembro, 2020 | 17:10

“Ipatinga já atende 82 cidades... 1 a mais não surpreende. Mas digo, é frustrante para quem paga Usisaude. Justo seria abrir O HMC pra tudo então, sem cobrar plano.”

Tião Aranha

03 de setembro, 2020 | 15:54

“É só trocar o hospital por uma UPA, unidade de atendimento 24h.”

Junior

03 de setembro, 2020 | 15:11

“Esse prefeito de Timóteo é uma vergonha, por culpa dele os funcionários do hospital irão ficar desempregados, povo de Timóteo acorda.”

Geraldo

03 de setembro, 2020 | 15:02

“Essa notícia para mim mostra mais uma vez como a política de Timóteo parece agir só para beneficio própio. É uma vergonha o que estão fazendo com o hospital Vital Brasil, que há muito anos atende a população de Timóteo e vizinhança. O hospital Marcio Cunha irá assumir os pacientes e quem irá assumir os 400 empregados que irão perder o seu ganha pão em tempos de pandemia.”

Mateus

03 de setembro, 2020 | 14:30

“Um absurdo! Isso me dá um chateamento tão grande! Um hospital que nem o HMVB, tinha tudo para ser um excelente prestador de serviços de saúde, tal como o HMC. Não entra na minha cabeça a ideia de FECHAMENTO DO HOSPITAL! População de Timóteo, não deixem isso acontecer! Pressinto que o HMC não vai aguentar essa demanda por muito tempo. Triste. Moro em outra cidade aqui mesmo do Vale do Rio Doce e tive a necessidade de ficar internado duas vezes aí. Uma vez pelo SUS e outra com plano de saúde. Graças a Deus, muito bem atendido nas duas ocasiões.
#NaoFechemOHMVB”

Manguita

03 de setembro, 2020 | 13:40

“Agora é a hora da população se manifestar, como abriram o bocão para brigar e fazer barraco nas portaria do vital brasil, que agora venham se manifestar para que Timoteo não fique sem um hospital, pois a PMT não vai aguentar a demanda se o hospital fechar nem o Hospital DR Jose Maria de Fabriciano, tão pouco Márcio Cunha que já esta sobrecarregado com os pacientes da pandemia... Quem começou começou a picunha , que agora trate de se posicionar positiva,mente em prol da comunidade de Timóteo”

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