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25 de julho, de 2020 | 10:00

Governador assegura que Minas Consciente dará mais autonomia a prefeitos

Bruna Lage
O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o governador Zema e o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius, adiantaram mudançasO secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o governador Zema e o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius, adiantaram mudanças

Durante sua visita a Coronel Fabriciano, na manhã de sexta-feira (24), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), respondeu a questionamentos sobre o programa Minas Consciente, que tem sido alvo de discussões como a possibilidade de reabertura do Shopping Vale do Aço, em Ipatinga. Segundo ele, algumas mudanças serão realizadas no programa e darão mais autonomia aos prefeitos. Conforme o gerente-geral do centro de compras, Rafael Martinez, a única esperança para a retomada do funcionamento é se o município aderir ao Minas Consciente.

Questionado se haveria possibilidade de alterar a Deliberação Estadual nº 17, dando maior autonomia aos prefeitos ou de revogar a mesma, Zema destacou que o Minas Consciente está sendo aperfeiçoado. “Ele foi concebido para a fase inicial da pandemia, em que o número de casos estava crescendo. O programa será aperfeiçoado e os prefeitos terão poder de gestão, porque eu estou em Belo Horizonte e não vou conhecer a realidade melhor que o prefeito Marcos, por exemplo. O programa vai ser aperfeiçoado e daqui a uma semana o secretário Carlos Eduardo vai apresentar esse novo modelo, com mais autonomia para a cidade”, assegurou.

O secretário acrescentou que está em avaliação o que fazer em relação à Deliberação 17, que foi colegiada e não somente uma decisão do governo do estado. “Mas entendemos que o controle dessa epidemia deve ser visto localmente, mas também com visão macro e micro. A saúde é pensada assim”.

Já sobre a retomada das atividades comerciais, o governador pontuou que, desde o início da pandemia, todos os esforços no sentido de ampliar leitos visava salvar vidas, para que nenhum mineiro ficasse sem atendimento médico. Ele lamentou as quase 2.200 mortes no estado, mas afirmou ser pouco provável que tenham falecido por falta de atendimento e sim porque a pessoa não resistiu ao vírus.

“A ampliação de leitos está dentro desse contexto, mas aonde há leitos disponíveis, fica claro que a atividade econômica pode funcionar com maior folga. Porque mesmo que a pessoa se contamine, terá acesso a leitos, uma coisa caminha junto com a outra. Mas não fizemos leitos visando à atividade econômica e sim salvar vidas, como reflexo acaba que isso facilita a retomada da atividade econômica”, salienta.

Mudança

Sobre o Minas Consciente, Zema adianta que um dos principais pontos que terão alteração é que, até então, considerava macrorregiões e esse novo modelo vai considerar microrregiões e até mesmo municípios. “Porque na macrorregião é como uma sala de aula, tem alunos com notas muito boas e muito ruins. O certo é um programa que tente individualizar ao máximo e chegando num nível de microrregião, é um avanço expressivo. Além disso, vamos dar autonomia aos prefeitos, tem situações particulares que o programa não consegue captar, por melhor que esteja estruturado, vai caber sempre ao prefeito fazer sua avaliação e ponderar sobre o que é melhor para sua cidade”, discursou.

Por sua vez, Carlos Eduardo disse que esse foi o primeiro programa do Brasil nesse sentido, mas que o estado passou por momento de aprendizado. “O programa foi pensado para prever os gargalos. O Minas Consciente teve o objetivo de planejamento. Nos protegemos do furacão e parece que vai passar, é o momento de entendermos que há necessidade de começarmos a caminhar numa velocidade adequada. Dentro do nosso aprendizado, entendemos que o município tem uma visão muito mais próxima, mas também precisamos ter uma visão macro e é esse equilíbrio que iremos buscar agora”, concluiu.
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