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27 de junho, de 2020 | 08:30

Chico Simões afirma não ter devolvido recurso destinado à UPA

Segundo ex-prefeito, dinheiro foi utilizado em melhorias no antigo Hospital Siderúrgica

Wôlmer Ezequiel
Ex-prefeito avalia construção da UPA e explica a razão de não a ter feito em sua gestãoEx-prefeito avalia construção da UPA e explica a razão de não a ter feito em sua gestão

A inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas movimentou os bastidores da política fabricianense. Em uma de suas falas durante coletiva à imprensa na quinta-feira (25), o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinícius Bizarro (PSDB), afirmou que um recurso destinado à construção da unidade foi devolvido ao Ministério da Saúde no ano de 2010, quando Francisco Simões (PT) estava à frente da administração municipal, o que teria adiado a obra por quase uma década.

Após a veiculação da entrevista, Chico Simões procurou o Diário do Aço para contestar a afirmação de Marcos Vinícius. O ex-prefeito pontuou que, à época, o valor destinado à unidade de pronto atendimento girava em torno de R$ 2,2 milhões para edificação e cerca de R$ 700 mil para custeio mensal. Entretanto, a quantia não foi devolvida, mas destinada a outro local.

Siderúrgica

A UPA, segundo o ex-prefeito, foi ofertada em 2010. Em tom ameno, disse não querer fazer nenhuma crítica ou juízo de valor do que motivou o atual prefeito a construí-la, e classificou como um possível “sonho” de Marcos Vinícius.

“Eu fui prefeito, passamos pela Rosângela (Mendes, PT) e nunca foi um sonho nosso, porque eu também sou médico e pelo tamanho de Coronel Fabriciano, não vejo necessidade de uma UPA. Em 2010, eu cheguei no secretário do Ministério da Saúde, Dr. Helvécio, e disse que não queria construir uma UPA, mas sim melhorar a resolução do hospital Siderúrgica (hoje rebatizado Dr. José Maria Morais). Pedi que me passasse esse dinheiro para investir no pronto-socorro, para equipá-lo melhor, dar uma estrutura melhor e o custeio da UPA seria repassado diretamente para o hospital”, recorda.

A justificativa para tal seria ter num único local pacientes que necessitassem de atendimento de UPA e também de pronto-socorro, reunidos no hospital. “A minha visão permanece, você precisa ter resolução onde traz menos problema para o usuário da saúde e onde possa ter racionalidade no gasto e no custo. Hoje, se as coisas não mudarem, a partir de janeiro o prefeito que estiver à frente da gestão vai ter que fazer uma escolha, pois não terá recursos suficientes”, opina.

Custeio

Chico Simões aponta que Marcos Vinícius conseguiu o recurso para edificar, mas, conforme fala do próprio prefeito, ainda não tem convênio para o custeio. “E por qual motivo não veio? Porque já está sendo repassado, hoje, para o hospital José Maria Morais. Então, a partir de janeiro, quem estiver à frente da prefeitura vai ter que fazer uma escolha: ou o dinheiro fica no José Maria, o que já ocorre, ou tira do hospital e passa para a UPA. E o custeio de uma unidade como esta, por ano, acredito que não fique por menos de R$ 12 milhões. Se tirar esse valor do hospital, a meu ver, vai prejudicar o funcionamento. É por isso que à época, em 2010, eu não devolvi o dinheiro, mas usei de acordo com minha visão e de maneira racional”, esclarece.

Segundo ele, a quantia que seria destinada à UPA foi investida para melhoria da estrutura, reforma do pronto-socorro e o dinheiro do custeio, mês a mês, está sendo transferido para o hospital Dr. José Maria de Morais desde então. “Vir falar que é o primeiro equipamento próprio de atendimento também não é verdade. O hospital, quando ele (prefeito) tomou posse, não era da prefeitura, mas era público, então tinha sim e vários outros postos de saúde que construímos. Não é o primeiro equipamento do município, a UPA é o primeiro equipamento a atender o sonho dele. Acredito que deveria ter levado essa questão à discussão com a sociedade e conselho de saúde, para ver se é a melhor solução para a assistência médica. Para mim, numa cidade do tamanho de Fabriciano, a UPA tinha que funcionar junto com o pronto-socorro”, reitera.

O ex-prefeito salienta que Fabriciano comporta uma única UPA e esse custeio está sendo destinado ao José Maria Morais, como foi proposto e aceito à época. “Fizemos reuniões para isso. Pegamos o dinheiro em 2010 e não devolvemos um centavo. Mas desejo que tudo funcione da melhor maneira. Porém, em janeiro, quem estiver à frente da prefeitura terá de escolher. Se não mudar nada, vão tirar de um canto e botar em outro. Correndo o risco de ter dois equipamentos e com deficiência financeira para seu funcionamento pleno”, concluiu.

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Comentários

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Irmã da Maria

29 de junho, 2020 | 17:28

“Esse ex-prefeito deveria ter vergonha na cara de falar que investiu no hospital, toda população do vale do aço sabe que quando ele foi prefeito(Chico doido) e a Rosangela também, as pessoas de Fabriciano tinham que mendigar atendimento em Ipatinga e Timoteo pois não tinha hospital funcionando em Fabriciano.Toma vergonha na cara Chico doido, você pode não ter devolvido o dinheiro mas dizer que investiu em saúde e falta de vergonha.”

Dorenilson Henrique de Jesus

27 de junho, 2020 | 21:35

“Se o dinheiro destinado para a UPA em 2010 foi destinado para melhorias e custeio do hospital siderúrgica, porque ele fechou duas vezes por falta de recurso? E o dinheiro do parque linear? Foi devolvido? E o terreno onde hoje é a Yamaha, era patrimônio privado? E o hospital nossa senhora do Carmo, porque deixaram fechar e se transformar em Unimed?”

De Olho na Cidade

27 de junho, 2020 | 10:54

“INTERESANTE!! PURA *DEMAGOGIA* QUANDO ESTAVA A FRENTE DO EXECUTIVO NÃO JUSTIFICOU O PORQUE TER DEIXADO A DESEJAR UMA INSTITUIÇÃO QUE BENEFICIARIA E MUITO O HOSPITAL TANTO EM CONSULTAS OU MESMO EM EXAMES.. AGORA TEM A CORAGEM DE VIM A PÚBLICO DAR SUA VERSÃO, TENTANDO JOGAR AREIA NA * FAROFA * DE QUEM ESTAR TRABALHANDO COM SERIEDADE PELA CIDADE E A POPULAÇÃO.. SR: FRANCISCO TOMAS VULGO { CHICO CHIMÕES } SAIBA QUE SUA ERA DO PT NA CIDADE ACABOU, O POVO ACORDOU PARA A REALIDADE, DEIXA O HOMEM TRABALHAR TIME QUE ESTA GANHANDO NÃO SE MEXE..PARABÉNS DOUTOR MARCOS VINICIÚS”

Maria

27 de junho, 2020 | 09:55

“Que vergonha como assim se o senhor fechou o hospital eu não sabia que era necessário gastar verbas pra fechamento de hospitais”

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