24 de junho, de 2020 | 13:35

Ministério da Agricultura monitora na fronteira nuvem de gafanhotos que invadiu a Argentina

Superintendências foram alertadas para a orientação dos agricultores e eventual adoção de medidas de controle, caso a praga ingresse no Brasil

Divulgação/Senasa
Com o crescimento da população de gafanhotos em uma determinada região, o alimento deles acaba e os insetos são obrigados a migrarem-se para outro lugar de forma sucessivaCom o crescimento da população de gafanhotos em uma determinada região, o alimento deles acaba e os insetos são obrigados a migrarem-se para outro lugar de forma sucessiva

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou nessa quarta-feira (24), que recebeu informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) sobre uma nuvem de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata que encontra-se próximo à fronteira com o Brasil.

O monitoramento climático realizado pelos especialistas argentinos, aponta que a praga deve seguir em direção ao Uruguai. No entanto, considerando a proximidade com a região fronteiriça do Brasil, o Ministério da Agricultura emitiu alerta para as Superintendências Federais de Agricultura, com vistas aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial no estado do Rio Grande do Sul, para a adoção eventual de medidas de controle da praga caso esta nuvem ingresse em território brasileiro.

Segundo a Coordenação-Geral de Proteção de Plantas do Mapa, as autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os seus pares argentinos, bolivianos e paraguaios por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal – COSAVE, o que tem permitido um acompanhamento do assunto em tempo real, com o objetivo de adotar as medidas cabíveis para minimizar os efeitos de um eventual surto da praga no Brasil.

Presença antiga e prejuízos

Esta praga está presente no Brasil desde o século XIX e causou grandes perdas às lavouras de arroz na região sul do País nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, tem permanecido na sua fase “isolada” que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas “nuvens de gafanhotos”. Recentemente, voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, em sua fase gregária (formação de nuvens).

Os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva na região estão sendo ainda avaliados pelos especialistas e podem estar relacionados a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos.

Com o crescimento da população de gafanhotos em uma determinada região, o alimento deles acaba e os insetos são obrigados a migrarem-se para outro lugar de forma sucessiva.



Já publicado:

Nuvem de gafanhotos se aproxima e deixa fronteira Argentina/Brasil em estado de alerta


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