16 de janeiro, de 2020 | 09:13

Terceira morte relacionada à síndrome nefroneural é confirmada em Belo Horizonte

Reprodução GSV
Terceira vítima é Milton Pires, de 89 anos, que estava internado no Hospital Mater Dei, na capital mineira Terceira vítima é Milton Pires, de 89 anos, que estava internado no Hospital Mater Dei, na capital mineira

Um homem morreu na madrugada desta quinta-feira (16) com suspeita de síndrome nefroneural. A vítima é Milton Pires, de 89 anos, que estava internado no Hospital Mater Dei, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Este é o terceiro óbito associado à condição clínica, que pode estar relacionada à presença de dietilenoglicol na cerveja Belorizontina, da Backer. O corpo passa por necrópsia.

Na quarta-feira (15), Antônio Marcio Quintão de Freitas, de 68 anos, que também estava internado no Mater Dei, morreu. Já em 7 de janeiro, o bancário Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que é natural de Ubá, morreu na Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Conforme a Polícia Civil (PC), foi confirmada a presença de dietilenoglicol no sangue de Paschoal.

Os números não incluem a morte de uma mulher em Pompéu, na região Central de Minas, que pode ser mais um óbito relacionado à síndrome. A vítima, de 60 anos, esteve em Belo Horizonte no fim do ano passado e, segundo a prefeitura da cidade, consumiu a cerveja Belorizontina.

A Polícia Civil foi notificada de 18 casos da síndrome nefroneural por contaminação com o dietilenoglicol, sendo que 14 estão em investigação e quatro foram confirmados.

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) revelou nessa quarta que subiu para sete o número de lotes da Belorizontina contaminados por dietilenoglicol.

A substância tóxica foi encontrada nos lotes L2 1354, L2 1348, L2 1197, L2 1604, L2 1455, L2 1464, da Belorizontina, e no L2 1348, da Capixaba (cerveja que é produzida no mesmo tanque da Belorizontina).

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Investigação aponta água contaminada

O Mapa também apontou que a água usada para fabricar a Belorizontina estava contaminada com o dietilenoglicol.
“A gente conseguiu evidenciar que a água que tem contaminação está sendo usada no processo cervejeiro. A gente não consegue afirmar de que forma ocorre essa contaminação, se é nesse tanque de água gelada ou em uma etapa anterior. Nenhuma hipótese pode ser descartada: sabotagem, uso incorreto do dietilenoglicol ou vazamento de uma solução para dentro da água”, afirma o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Vitor Müller.

Recomendação é não beber a belorizontina

A Backer orientou, na terça-feira (14), que os consumidores não tomem qualquer lote do produto e nem da cerveja Capixaba. “Eu não sei o que está acontecendo. A Backer nunca comprou o dietilenoglicol”, afirmou a diretora de marketing da fábrica, Paula Lebos.

A declaração foi dada um dia após a polícia informar que a substância foi encontrada em um dos tanques de resfriamento da cervejaria. (Com informações da Rádio Itatiaia BH)
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