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08 de janeiro, de 2020 | 22:00

Dois foguetes atingem região onde fica Embaixada dos EUA no Iraque


Dois foguetes atingiram a Zona Verde da capital iraquiana, onde se encontra a embaixada dos Estados Unidos. Não há até este momento registo de vítimas. Este é o terceiro ataque do gênero após a morte do general iraniano Qassem Soleimani e mais oito pessoas em uma operação dos EUA operada com um drone.

De acordo com a agência Reuters, um dos foguetes caiu a 100 metros da Embaixada dos Estados Unidos no Iraque.

Não houve até ao momento nenhuma reivindicação desta ação, que acontece quase 24 horas depois de o Irã ter lançado mais de uma dúzia de mísseis contra bases iraquianas com tropas estadunidenses, sem causar vítimas, segundo o presidente estadunidense, Donald Trump.

O ataque foi reivindicado pelos Guardas da Revolução, que garantiu terem morrido 80 militares dos Estados Unidos.

A escalada de tensão entre Teerã e Washington intensificou-se na última sexta-feira com o ataque estadunidense que matou o general iraniano Qassem Soleimani, líder da Al Quds, uma força de elite dos Guardas Revolucionários. (RTP – Agência de notícias de Portugal ).

O governo emitiu comunicado a diversas embaixadas dos EUA em países vulneráveis ataques em retaliação à operação estadunidense que matou o general Qassem Soleimani, e mais oito pessoas. Entre as embaixadas está a dos EUA no Brasil, cujo governo se posicionou ao lado dos EUA na ação.

Em discurso na quarta-feira (8), o presidente Donaldo Trump disse que pretende reforçar as sanções econômicas ao Irã, mas não pretende retaliar os ataques a bases aéreas dos Estados Unidos no Iraque, ocorridos no dia 7.

Por que tropas dos EUA estão no Iraque ?

Depois do ataque dos EUA, o parlamento iraquiano votou, no dia 5, pela expulsão de tropas estrangeiras do país. O objetivo da votação é forçar o primeiro-ministro iraquiano Adil Abdul Mahdi a expulsar as forças estadunidenses em operação no Iraque.

O presidente Donald Trump ameaçou impor sanções econômicas contra o Iraque e cobrar do país o investimento feito em bases militares.

A presença dos militares dos Estados Unidos no Iraque ocorre por um acordo informal, com o governo iraquiano. Atualmente, cerca de 5.000 militares dos EUA estão no Iraque graças a um consentimento dado pelo governo iraquiano em 2014, quando o grupo terrorista Estado Islâmico dominou regiões do país.

A presença das tropas estadunidenses, que haviam se retirado do país na época do governo de Barack Obama, foi solicitada para ajudar no combate — por meio de treinamento, consultoria militar e bombardeios aéreos — aos fundamentalistas, que pretendiam instalar um Califado em uma parte do Iraque.

Entretanto, EUA insistem em permanecer no Iraque por uma questão estratégica comercial. O Iraque é um país de maioria xiita, a mesma corrente do islamismo que predomina no Irã, e os aiatolás há muito tempo trabalham para ampliar sua influência no país. Com os estadunidenses fora do território, a influência será ocupada parcialmente pelo Irã, a exemplo do que já ocorre na Síria.
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