07 de janeiro, de 2020 | 21:16

Irã ataca com mísseis bases dos EUA no Iraque

Imprensa iraniana afirma que Guarda Revolucionária lançou dez mísseis contra instalações usadas pelos EUA no Iraque como parte de uma operação para vingar morte de general


A imprensa estatal iraniana informou na noite desta terça-feira (7) que as tropas do país lançaram pelo menos dez mísseis contra uma base militar que abriga tropas estadunidenses no Iraque. A informação é repercutida nas agências internacionais.

"A vingança feroz da Guarda Revolucionária já começou", disse um comunicado divulgado pela TV iraniana.

Segundo veículos de imprensa iranianos, o ataque é o início de uma campanha de retaliação contra os EUA pelo ataque que matou o general Qasem Soleimani na semana passada.

A operação, segundo a imprensa iraniana, foi batizada como "Mártir Soleimani” e foi conduzida pela divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, que lançou mísseis superfície-ar contra as bases.

Segundo a rede CNN, um comandante de força paramilitar sunita iraquiana confirmou que foguetes atingiram a base aérea de Al Asad, que fica a 120 quilômetros a oeste de Bagdá.

Segundo a Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado sobre os relatos de um ataque.
"Estamos cientes dos relatos de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional", disse Stephanie Grisham, secretária de imprensa da Casa Branca.

Confirmado pelo Pentágono

Pouco depois de o ataque ser anunciado pelos iranianos, o Pentágono confirmou a ação em um comunicado. “Aproximadamente às 17h30 (horário da costa leste dos EUA) de 7 de janeiro, o Irã lançou mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra as forças militares dos EUA e da coalizão no Iraque. Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tiveram como alvo pelo menos duas bases militares iraquianas que abrigam militares dos EUA e da coalizão em Al Assad e Erbil”.

Segundo o Pentágono, as bases já estavam em alerta máximo por conta de "indicações de que o regime iraniano planejava atacar" forças americanas na região.

Além de tropas dos EUA, Erbil também abriga militares da Alemanha que atuam como consultores e no treinamento de forças iraquianas e curdas. A base de Al Asad, também abriga militares da Noruega e foi visitada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 2018.

Ameaça a aliados

Após o ataque, a Guarda Revolucionária do Irã ainda ameaçou envolver mais aliados dos EUA em sua vingança.

"Estamos alertando todos os aliados dos americanos, que deram suas bases ao seu exército terrorista, de que qualquer território que seja usado como ponto de partida de atos agressivos contra o Irã será alvo [de retaliação] ", diz um comunicado divulgado pela TV do Irã.

Nesta terça-feira, o Parlamento do Irã aprovou uma lei que designou as Forças Armadas dos EUA como “terroristas”. A Guarda citou como possíveis alvos de uma retaliação as cidades de Haifa, em Israel, e de Dubai, nos Emirados Árabes.

O ataque ocorreu horas depois do sepultamento do comandante militar iraniano, Qassim Soleimani, que foi morto em Bagdá na última sexta-feira, durante um ataque estadunidense conduzido por um drone. (Com informações da DW)
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