30 de outubro, de 2019 | 08:04

Dívidas de ex-funcionários do Clube Alfa começam a ser quitadas

Até o momento, apenas os 30% do valor da área já foram pagos, em forma de depósito inicial

Alex Ferreira/Arquivo DA
A área do Clube Alfa, em Timóteo, foi vendida por R$ 4,25 milhões, no dia 2 deste mês A área do Clube Alfa, em Timóteo, foi vendida por R$ 4,25 milhões, no dia 2 deste mês

Após a venda da área do Clube Alfa, em Timóteo, já foi possível pagar a dívida trabalhista de dez ex-funcionários. A informação foi confirmada ao Diário do Aço pelo advogado Rafael Mendes, que atua na defesa dos ex-empregados do clube. Até o momento, apenas os 30% do valor da área já foram pagos, em forma de depósito inicial.

Conforme já publicado pelo Diário do Aço, o Clube Alfa foi vendido no dia 2 deste mês, por R$ 4,25 milhões (além dos impostos) para a empresa Incorporadora Seletiva de Imóveis Ltda. A venda foi feita em audiência, realizada sob a direção do juiz da Vara do Trabalho de Caratinga, Jonatas Rodrigues de Freitas.

A ata da audiência previa que 30% do valor da venda, que equivalem a R$ 1,275 milhão, deveriam ser quitados até o dia 7 deste mês, fato que já ocorreu. O restante poderá ser pago em 12 parcelas.

O advogado Rafael Mendes informou ao Diário do Aço que ainda falta quitar a dívida de cerca de 40 ex-funcionários do clube. “As dívidas com trabalhadores envolvem salários atrasados, férias, 13º, FGTS e horas extras”.

Entenda
O advogado Rafael Mendes foi procurado em março de 2018 por nove empregados do clube, com reclamações de atraso de salário. Durante investigação, os reclamantes se surpreenderam com a ausência do recolhimento do FGTS e contribuição previdenciária de quase cinco anos.

Eles entraram com a ação solicitando a rescisão indireta. “Entramos com a ação em abril de 2018 e ganhamos. O Alfa não recorreu e daí começou a fase de liquidação da sentença”, informou o advogado, à época.

Conforme o advogado, o valor total das dívidas trabalhistas do clube, em julho deste ano, contando com juros, correspondia a cerca de R$ 3 milhões, sendo que o número de ex-trabalhadores envolvidos no processo variava entre 30 e 40, mas depois chegou até 50.

O Clube Alfa está fechado desde setembro de 2018, quando os gestores alegaram que não tinham mais recursos para pagar os empregados, fornecedores, energia elétrica, gás para a sauna e insumos para o parque aquático, entre outros. Ao mesmo tempo, antigos funcionários da sede campestre Lagoa Bonita, em Revés do Belém, igualmente atingidos por atrasos de salários, ingressaram com ações na Justiça do Trabalho, o que começou a bloquear os poucos recursos que o clube ainda detinha, com a arrecadação de mensalidades e portarias.

A situação de declínio do Clube Alfa, um dos mais importantes de Timóteo, foi atribuída ao histórico de falhas administrativas ao longo de 20 anos, quando houve a redução significativa do quadro de associados, principalmente depois da privatização da antiga Acesita.

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