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09 de outubro, de 2019 | 07:45

Ministro do Turismo terá que depor no Senado sobre esquema de laranjas do PSL

Reprodução de vídeo
Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor do Senado decidiu, na terça-feira (8), marcar para 22 de outubro de 2019 a convocação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), para prestar esclarecimentos a respeito das prisões, de um ex-assessor e dois ex-auxiliares. Eles foram detidos em operação da Polícia Federal em razão de denúncia sobre uso de candidaturas laranjas para desvio de recursos eleitorais nas eleições de 2018.

Quem protocolou o requerimento da convocação na comissão foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Na última sexta-feira (4), Álvaro Antônio foi indiciado pela PF sob suspeita de envolvimento no esquema de laranjas do PSL. Outras dez pessoas estão relacionadas no inquérito.

O pedido afirma que o ministro já havia sido previamente convidado para comparecer à comissão no em 19 de março para dar “as devidas explicações sobre o caso”. Entretanto, “não compareceu à audiência pública e nem se mostrou disposto a fazê-lo em outra data”.

O documento segue apontando o motivo da convocação: “Consequentemente, com a prisão de seu assessor especial no Ministério do Turismo, assim como de membro do PSL, do qual é presidente em Minas Gerais, torna-se inevitável e imperativo a convocação do S. Exa para dar as devidas explicações a respeito do caso, uma vez que as acusações são extremamente graves. O ministro deve isso ao Congresso e à sociedade brasileira”.

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Bolsonaro critica PSL

Nessa terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro atacou o PSL, partido pelo qual se elegeu e não descartou uma mudança de sigla. O presidente mostra-se insatisfeito com a dificuldade da família Bolsonaro em controlar a legenda e seus diretórios regionais. Os dirigentes do PSL estariam resistentes em relação à imposição dos nomes que ineteressam ao clã Bolsonaro.

Em 2020 o PSL terá R$ 400 milhões do fundo público usado para financiar candidatos. Isso porque foi o partido mais votado na disputa de 2018, na esteira da eleição de Bolsonaro.

Caso o presidente decida mesmo pela saída, ele fará uma debandada no PSL. Os líderes do partido já contam 15 dos 53 deputados federais, além de dois dos três senadores – Flávio Bolsonaro (RJ) e Soraya Thronicke (MS), como nomes que seguiriam o presidente.

Uma das possibilidades é o ingresso do presidente e seguidores à União Democrática Nacional (UDN) siga que já pediu registro como partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Abordado diante do Palácio da Alvorada, por um apoiador na manhã de terça-feira, o político disse ao presidente que é pré-candidato da legenda em Recife, Pernambuco. Bolsonaro retrucou pedindo ao apoiador para “esquecer” o PSL e acrescentou que o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do partido, “está queimado para caramba”.

Ao ver que o homem gravava um vídeo, o presidente acrescentou: “Oh, cara, não divulga isso não. O cara (Bivar) está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”, afirmou o presidente.
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