12 de setembro, de 2019 | 17:55

Presidente do PSC ainda aguarda entrega de renúncia de vereador

Wanderson Gandra protocolou anulação de renúncia ao cargo e aguarda resultado de recurso

Wôlmer Ezequiel Arquivo DA
Wanderson Gandra protocolou anulação de renúncia ao cargo e aguarda resultado de recursoWanderson Gandra protocolou anulação de renúncia ao cargo e aguarda resultado de recurso

O documento de renúncia assinado por Wanderson Gandra (PSC) ainda não foi entregue ao presidente do partido. Nesta quinta-feira (12), um servidor da Câmara de Ipatinga entrou em contato com Célio Roberto Andrade, para que a carta fosse recebida.

Entretanto, até o momento, isso não ocorreu. Gandra abriu mão de sua cadeira em 12 de abril, mas apresentou um pedido de anulação na Casa e aguarda o parecer.

“Me perguntaram se poderia receber o documento que oficializa a renúncia. Eu disse que, se entregasse com a data de hoje, tudo bem. Não houve pressão para pegar com outra. Ainda estou aguardando que entreguem”, disse Célio Andrade.

Anulação

Dentre os pontos elencados por Gandra para a anulação da renúncia estão: que sua renúncia foi feita em ofício dirigido ao presidente da Casa e não à Mesa Diretora, como manda o regimento.

Acrescenta ainda, que a renúncia tornar-se-á efetiva e irreparável depois de lida em plenário, devendo ser publicada em jornal de circulação local e comunicada, por ofício, ao juízo eleitoral da comarca e ao partido de filiação do renunciante.

“Observamos que outro requisito para a concretização da efetividade da renúncia não foi obedecido, visto que, até a presente data, o partido ao qual sou filiado, ainda não foi comunicado. Pontuo também a pressão psicológica aplicada a mim, no cárcere, por procuradores da Câmara de Ipatinga, que afirmaram veementemente, que caso procedesse com o pedido de renúncia, sairia da cadeia por força de habeas corpus, e caso não renunciasse, ficaria muito tempo acautelado. Este fato, somado ao trauma da prisão recente e o início de um tratamento psiquiátrico com medicamentos psicotrópicos, me impediram de agira de forma racional”, assegura. A Câmara de Ipatinga ainda não divulgou o parecer sobre o caso.

Entenda

Wanderson Gandra recebeu liberdade provisória no dia 5 de agosto, concedida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, José Maria Pataro. Gandra estava preso desde o dia 20 de fevereiro. Foram investigados dentro da operação Dolos, do Gaeco, José Geraldo Andrade (Avante), Luiz Márcio (PTC), Osimar Barbosa (PSC), Paulo Reis (Pros), Antônio Rogério Bento, Rogerinho (sem partido), Wanderson Gandra e o vereador Gilmar Ferreira Lopes (PTC), além da filha dele, Gilcelia de Oliveira Lopes Daniel, que atuava no gabinete do pai mesmo sem ser nomeada.

Também foi preso Rodrigo Vieira Ramalho (gabinete de Masinho). Os vereadores, ex-vereadores e assessores são acusados dos crimes de peculato, falsidade ideológica, concussão e lavagem de dinheiro, pois segundo a investigação estavam envolvidos em um esquema de “rachadinha”, por meio do qual recolhiam parte dos salários pagos a assessores de gabinete e, em alguns casos, até servidores municipais indicados.

Alguns dos investigados também respondem por ameaças e tentativa de obstrução da Justiça por dificultar as investigações do Gaeco. Luiz Márcio, Paulo Reis, Rogerinho e Ivan Menezes (ex-chefe de gabinete de Reis) foram libertados, de forma provisória, no fim do mês de junho. Já Gandra saiu no início de agosto.

José Geraldo Andrade (Avante) foi preso em 14 de março e saiu da prisão no dia 25 daquele mês, depois de fazer um acordo com o Ministério Público, para renúncia e pagamento de fiança e multas. Rodrigo Ramalho foi libertado no dia 30 de agosto, com Masinho.

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