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29 de agosto, de 2019 | 06:25

Dois presos pelo Golpe do Motoboy no Vale do Aço

Dinheiro, máquinas de cartão e outros objetos apreendidos com os homens detidos em Coronel Fabriciano

Divulgação Polícia Militar
Cerca de R$ 10 mil apreendidos, além de 18 máquinas de leitura de cartões bancários estavam com os presosCerca de R$ 10 mil apreendidos, além de 18 máquinas de leitura de cartões bancários estavam com os presos

A “casa caiu” para dois homens suspeitos de integrarem uma quadrilha que praticou vários crimes no Vale do Aço nos dias anteriores utilizando o conhecido golpe do motoboy, que consiste em recolher cartões de crédito e de débito e senhas, sob argumento de compras indevidas. Os bandidos agem em nome de bancos.

No fim da tarde desta quarta-feira (28) foram presos em Coronel Fabriciano, D.A.B. e R.O., ambos com 37 anos de idade, e com eles foi encontrada uma quantia em dinheiro e várias máquinas para leitura de cartões bancários.

Os criminosos praticaram pelo menos 11 golpes no Vale do Aço, número este que pode ser ainda maior como vem acompanhando o Diário do Aço.

Apenas em Coronel Fabriciano, na quarta-feira (28), foram três casos. Em um deles, os autores não contavam com o fato de o genro de uma vítima, de 62 anos, encontrar-se com um dos envolvidos na área central de Coronel Fabriciano.

Ele viu D.A. na rua Moacir Birro, o reconheceu como o golpista que atacou o sogro, e acionou a PM que realizou a prisão dele. O outro envolvido conseguiu fugir, mas foi localizado em um bar na rua Armando Fajardo. No tênis de R.O. foi achada a quantia de R$ 3 mil e, no bolso, a chave de um carro.

Os policiais localizaram o Renault Logan, veículo visto nas filmagens no bairro Amaro Lanari, logo após um dos golpes aplicados. No interior do carro foi achada uma maleta contendo 18 máquinas de cartão e, no porta-objetos da porta dianteira, no lado do carona, R$ 700, documentos dos dois presos e ainda uma folha contendo o relatório das movimentações bancárias de D.A.

Os militares acharam no porta-malas do carro uma mochila contendo roupas e um capacete de motociclista. O equipamento era usado para despistar a polícia e fazer acreditar que o autor, responsável por pegar os cartões nas casas das vítimas, estaria de moto.

D.A. foi revistado e, para a surpresa dos PMs, foi localizada a quantia de R$ 7,2 mil em dinheiro com ele. Os dois suspeitos alegaram que seriam de São Paulo e que chegaram ao Vale do Aço nesta quarta-feira com a missão de apenas dirigir o carro, informando que havia uma terceira pessoa com eles de prenome “Fábio”, este não localizado pela PM.

Negaram, mas foram reconhecidos

Os dois detidos informaram que Fábio poderia explicar o material apreendido com eles. Apesar de negaram participação nos crimes, D.A. foi reconhecido pela vítima desta quarta-feira e em outros dois casos registrados em Itabira e um em Nova Era. D.A.foi identificado como o golpista que pegou os cartões.

O carro que os autores usavam foi filmado em um dos ataques nesta semanaO carro que os autores usavam foi filmado em um dos ataques nesta semana

D.A. também foi reconhecido como o autor do crime ocorrido no Amaro Lanari, onde o Renault Logan, com placas de São Paulo, foi filmado por uma câmera de segurança. Os presos ficaram hospedados em um hotel localizado em Timóteo na última terça-feira.

Eles foram encaminhados para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil com todo o material apreendido. O carro, que é alugado, foi recolhido ao pátio do Socorro Moraes. O tenente Rodrigo informou ao Diário do Aço que há outros integrantes da quadrilha que estão sendo procurados.

Golpe do Motoboy
Como já noticiado pelo Diário do Aço, o golpe do motoboy consiste em uma ligação recebida pelas vítimas, em seu telefone fixo. O golpista se passa por funcionário do banco e informa que compras indevidas eram feitas com os cartões. Começa assim a encenação para que, no fim, as vítimas entregassem o chip do cartão e ainda repasse dados essenciais, como limites de crédito e débito e até senhas.

Os autores solicitam que a cliente do banco entre em contato com o 0800 que consta no cartão bancário, mas eles não desligam o telefone e ficam na linha, bloqueando-a. A vítima faz a ligação, acredita que está falando com a central responsável pela conta bancária, mas na verdade continua a falar com os golpistas.

Nessa conversa, a pessoa repassa seus dados na falsa central e é informada que um funcionário irá buscar os cartões para serem periciados. A vítima é ainda solicitada a redigir uma carta que será encaminhada para o setor de segurança do banco onde ela afirma que não fez as tais compras alegadas no início do contato.

Os bancos alertam que não pedem senhas por telefone nem pedem de volta cartões clonados. Quando os clientes informam que a ocorrência de perdas, extravios, clonagens ou uso indevido, os cartões são bloqueados e novos cartões são enviados pelos Correios. Também são geradas novas senhas.

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