18 de junho, de 2019 | 22:48
Senado rejeita decreto das armas de Bolsonaro
O governo trabalhou pela manutenção dos efeitos do decreto e apostou na mobilização pelas mídias sociais
Com 47 votos contrários e 28 favoráveis, o plenário do Senado rejeitou o decreto de Jair Bolsonaro que amplia o porte de armas.A proposta para revogar o decreto precisa ainda ser referendada pela Câmara. Já o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, com base em levantamento de sua assessoria, que há pontos do decreto em conflito com a Constituição.
Antes de ler o resultado, que seguiu parecer da Comissão de Constituição e Justiça, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre manifestou solidariedade aos colegas que foram criticados nas redes sociais por votarem contra o governo.
O presidente do Senado não votou, mas disse nas redes sociais que era contra o decreto. Vários senadores aliados do governo disseram estar dispostos a discutir flexibilização do porte por meio de lei que possa ser discutida no Congresso, mas não de decreto presidencial.
"Existem alternativas pacíficas e civilizadas para a ordem social. Basta que o poder público faça a sua parte. É isto o que pede o Brasil", publicou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Veja o que diz o decreto das armas:
Governo publica decreto sobre armas; civis não podem adquirir fuzis. Exceção para proprietários rurais
Reação dos defensores das armas
Defensores do armamento não deixaram barato e impulsionaram postagens com críticas aos senadores que votaram contra a decisão do governo.
O governo trabalhou pela manutenção dos efeitos do decreto, que ganhou holofotes nos últimos dias. Desde o fim de semana, Bolsonaro tem utilizado seu perfil do Twitter e dado várias declarações a favor do decreto.
No sábado ele pediu que seus seguidores cobrassem senadores e argumentou que caso seu decreto fosse derrubado isso traria dificuldades para que "bons cidadãos" pudessem ter o direito de comprar armas legalmente.
Lei atual não veta acesso a armas pelos cidadãos
Diferentemente do que algumas pessoas divulgam nas mídias sociais, as armas de fogo não estão vetadas para o cidadão brasileiro. Uma pesquisa feita em Belo Horizonte, no começo do ano, apontou que o processo burocrático para a obtenção de uma arma legalmente não custa mais que R$ 500. A título de comparação, uma Carteira Nacional de Habilitação custa no mínimo R$ 1.500. Abaixo, os critérios para a posse legal de arma e registro:
Para adquirir uma arma de fogo, o interessado deve atender aos seguintes pré-requisitos:
Ter, no mínimo, 25 anos de idade.
Ter residência fixa e ocupação lícita
Aptidão técnica e psicológica
Não ter antecedentes criminais
Preencha e imprima o formulário abaixo:
http://www.dpf.gov.br/servicos/armas/form-sinarm
Dirija-se a uma unidade da Polícia Federal munido de:
Cópias autenticadas de RG, CPF, Comprovante de Endereço;
Declaração de necessidade;
Certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual (incluindo Juizados Especiais Criminais), Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;
Documento comprobatório de ocupação lícita;
Exame técnico por instrutor credenciado na PF (Lista dos Instrutores Credenciados)
Exame psicológico por psicólogo credenciado na PF (Lista de Psicólogos Credenciados)
Uma foto 3×4
Assim que a sua autorização estiver em mãos, você terá 30 dias para comprar sua arma. Depois que receber sua nota fiscal, é necessário fazer o registro, sem o qual você não poderá retirar a ama da loja.
Para isso, é necessário fazer o pagamento de taxa no valor de R$60:
https://www2.dpf.gov.br/gru/gru?nac=0
Depois de paga, dirija-se a uma Unidade da Polícia Federal com os seguintes documentos:
(a) autorização para aquisição de arma de fogo;
(b) nota fiscal de compra de arma de fogo;
(c) comprovante bancário de pagamento da taxa devida para a emissão do documento através da Guia de Recolhimento da União GRU.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Helena A.nogueira
20 de junho, 2019 | 21:59É OBVIO QUE OS SENADORES IRIAM REJEITAR... POIS ELES NÃO PRECISAM,TÊM SEGURANÇAS E ARMAS.. ÀS NOSSAS CUSTAS... COM O NOSSO DINHEIRO.... NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA O CIDADÃO DE BEM E SEUS ELEITORES QUE QUEREM O DIREITO DE TER SUA ARMA.NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS O CIDADÃO ANDA ARMADO.. NÃO TEMOS QUE TER VENEZUELA ,CUBA COMO EXEMPLO NÃO !! TEMOS QUE CAMINHAR PRA FRENTE.... É UM DIREITO ,AQUELE QUE NÃO QUISER QUE NÃO TENHA .DIREITO NÃO É OBRIGAÇÃO ! E A NOSSAS FRONTEIRAS SÃO MUITO GRANDES E SE TORNA DIFÍCIL PARA CONTROLAR A ENTRADA DE ARMAS DOS BANDIDOS E TRAFICANTES. E NÃO É QUALQUER UM QUE TERÁ O DIREITO DE REGISTRAR A SUA ARMA TERÁ CRITÉRIOS.”