05 de junho, de 2019 | 08:00

Estado de conservação do Clube Alfa é alvo de críticas de moradores

Os vizinhos alegam que o clube está em estado de abandono e gera transtornos

Fechado há mais de nove meses, por causa de um imbróglio envolvendo dívidas trabalhistas, o Clube Alfa, em Timóteo, tem sido alvo de várias reclamações de moradores próximos à área, no bairro Horto Malaquias. Os vizinhos alegam que o clube está se encontra em estado de abandono e, devido à má conservação diversos transtornos têm sido gerados, entre eles, aumento do número de moradores em situação de rua nas proximidades e de animais peçonhentos. O clube está em meio a uma área de preservação permanente.

O representante do setor administrativo do clube, Cássio Anício, apenas informou ao Diário do Aço que “há vigia no clube” para evitar vandalismo. Em relação às ações trabalhistas, Cássio afirmou que “estão sendo resolvidas via justiça, conforme penhora do clube já realizada, e os pagamentos serão quitados via justiça, conforme a venda a ser realizada”.

Procurada pelo Diário do Aço, a administração de Timóteo afirmou, por meio de nota, que a demanda solicitada foi encaminhada para as Secretarias de Obras e Serviços Urbanos, de Planejamento e de Saúde. “Equipes de Endemias estão monitorando as piscinas e possíveis criadouros de mosquitos Aedes aegypti no Clube Alfa e em outros 35 Pontos Estratégicos (PE) em propriedades privadas espalhadas pela cidade. Estes são observados rotineiramente a cada 15 dias”, informa o governo.

A nota também enfatiza que a diretoria restante do clube foi acionado pela Vigilância de Endemias para manter a cloração das piscinas. “Foi agendada também uma nova visita nesta semana para checar a situação do imóvel. A Assessoria Jurídica do Município já foi acionada para estudar medidas em relação a esses PE´s reincidentes e se há configuração de crime contra a saúde pública”, pontuou.

Ações trabalhistas

Um dos advogados responsáveis por processos trabalhistas contra o clube Alfa, Rafael de Andrade Mendes, informou ao Diário do Aço que ainda não há novidades em relação às ações trabalhistas. “Ainda sem novidades. O juiz autorizou, em abril, a venda sem leilão e fui nomeado depositário do bem”, disse.

Conforme já publicado pelo Diário do Aço, o Clube Alfa possui dívidas com diversos trabalhadores. Os valores em atraso são referentes aos salários, pagamento de 13º salário, recolhimento do INSS, aplicação do FGTS e, em alguns casos, o pagamento de hora extra.

O cálculo da dívida somente com os nove empregados da Lagoa Bonita (sede campestre do clube) somava, em agosto de 2018, R$ 1.057.620,40. Até o pagamento, este montante deve chegar à casa de R$ 1,2 milhão, com os juros e correções. Além destes processos, que estão em fase de execução da sentença, outras ações trabalhistas ainda correm contra o clube.

Valor de aquisição

Para pagar as dívidas trabalhistas, a expectativa é que seja vendida toda a área do clube. O recurso também deverá arcar com outros passivos fiscais e tributários e com fornecedores, dentre eles, contas de energia elétrica.