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20 de maio, de 2019 | 16:40

Empresas do Vale do Aço atuam em reformas na Ternium Rio de Janeiro

Contratos com Usiminas Mecânica, Convaço e Emalto comprovam eficiência de empresas mineiras

Alex Ferreira
Aciaria da Ternium já produz 4,7 milhões/ano de toneladas de placas e deverá chegar a 5 milhões com ajustes Aciaria da Ternium já produz 4,7 milhões/ano de toneladas de placas e deverá chegar a 5 milhões com ajustes

A Ternium Brasil iniciou nessa segunda-feira (20), em sua planta do Rio de Janeiro, a restauração do precipitador eletrostático da área de sinterização. O equipamento é responsável pela filtragem do material particulado antes da emissão para a atmosfera durante o processo de fabricação de sínter, mantendo os níveis de emissões dentro dos padrões exigidos pela legislação ambiental. A obra terá duração de 18 dias e vai gerar a contratação de 650 trabalhadores de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de outros estados. A empresa que vai executar obra é a Usiminas Mecânica, vencedora do processo de concorrência.

Os processos de contratação da Ternium Brasil são competitivos e levam em consideração a qualidade da empresa e o custo. "A Usiminas Mecânica é uma fornecedora de padrão mundial. Com experiência em projetos de portes variados, é reconhecida pela qualidade, rigor tecnológico e credibilidade que imprime a cada projeto", afirmou Fernando Caracoche, Gerente-geral de Engenharia da Ternium Brasil, em entrevistas a um grupo de jornalistas mineiros, em visita à siderúrgica.

Além desse projeto que envolveu a contratação da Usiminas Mecânica, Fernando citou outros investimentos, que envolvem a Convaço, de Ipatinga, e a Emalto, de Timóteo. “Nossa principal exigência nos contratos passou pela avaliação de preço e capacidade técnica. A Emalto, por exemplo, demonstrou capacidade para uma solução integrada, que prevê a construção de um elevador, montagem e a instalação, com obras de construção civil”, detalhou.
Alex Ferreira
Fernando Caracoche explica que preço e capacidade técnica habilitaram empresas do Vale do Aço para obras na Ternium, no Rio de Janeiro Fernando Caracoche explica que preço e capacidade técnica habilitaram empresas do Vale do Aço para obras na Ternium, no Rio de Janeiro

Fernando Caracoche, que já residiu em Ipatinga quando atuou na Usiminas, explicou que os investimentos, atualmente em andamento na Ternium, somam 80 milhões de dólares e têm como objetivo a otimização dos equipamentos da planta industrial. “Estamos produzindo hoje 4,7 milhões de toneladas de placa/ano e temos o objetivo de atingir 5 milhões, que é a capacidade da siderúrgica”, informou.

Parceria comercial

A aproximação entre a Ternium e as empresas do Vale do Aço teve início no fim do ano passado em encontro realizado em Ipatinga, que contou com a presença do vice-presidente jurídico e de Relações Institucionais da Ternium Brasil, Pedro Teixeira, e o gerente da Exiros, Wilson Munera. A Exiros é responsável mundialmente pelas compras da Ternium e da Tenaris. No final de fevereiro, empresários do Vale do Aço visitaram a Ternium Brasil no Rio de Janeiro para prospectar negócios para o setor metalomecânico. O encontro foi organizado pela Fiemg Vale do Aço e pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva).

Ternium Brasil

A Ternium é a maior siderúrgica da América Latina e acionista majoritária da Usiminas. Desde 2017, tem um centro industrial no Brasil, no Rio de Janeiro. A unidade de Santa Cruz (RJ), antiga CSA adquirida do grupo alemão Thyssenkrupp, tem capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano e atende indústrias nos EUA, México, Brasil e Europa. O aço é especialmente desenvolvido para as indústrias automotiva e de petróleo. A expectativa é que a inauguração de uma nova linha de laminação, no México, passe a consumir mais placas produzidas na usina da empresa no Brasil.

A unidade no Rio de Janeiro gera mais de 9 mil empregos, dos quais, 4 mil postos diretos. Além do Brasil, a empresa conta com outros 16 centros de produção, no México, Argentina, Colômbia e EUA.

As placas são embarcadas em navios que ancoram em um porto da própria empresa, construído na Baia de Sepetiba, a quatro quilômetros da usina. Nesse porto também chegam os carregamentos de carvão para o funcionamento da usina.

Termelétrica

Dentre outros destaques que chamam a atenção na planta da usina no Rio de Janeiro, a coqueria foi construída com uma tecnologia sem geração de voláteis e a geração de calor nos diversos processos produtivos é destinada à movimentação de turbinas de termelétricas que asseguram a autosuficiência em energia elétrica na unidade. A planta consome 50% da geração de 490 megawatts (MW). O excedente equivalente a uma demanda de 880 mil residências é vendida ao mercado.
Alex Ferreira
Equipamentos foram montados na linha de produção do distribuidor do lingotamento, afastando pessoas da panela em operação antes marcada pelo alto risco à vida Equipamentos foram montados na linha de produção do distribuidor do lingotamento, afastando pessoas da panela em operação antes marcada pelo alto risco à vida

Robôs atuam em aciaria da Ternium

A planta siderúrgica da Ternium, no Rio de Janeiro, adotou robôs na linha de produção do distribuidor do lingotamento, para substituir mãos humanas em um local de risco elevado para a vida dos trabalhadores. A empresa informa que investiu US$ 6 milhões na aquisição de dois robôs que substituíram os empregados na atividade. Os trabalhadores foram realocados em setores de supervisão, divulga a empresa. O exemplo da Ternium Brasil será disseminado para outras usinas na Argentina e no México, informa a companhia.

O projeto iniciado ano passado permitiu à área da Aciaria contar com o apoio de dois robôs manipuladores, responsáveis por tarefas como a medição de temperatura do aço líquido no distribuidor do lingotamento da panela. Antes, a atividade era de responsabilidade do operador que, embora devidamente equipado, tinha proximidade com o aço líquido, cuja temperatura chega a até 1560ºC no distribuidor. É o primeiro equipamento no Brasil a adicionar material no distribuidor.

“Com os robôs estamos usando a tecnologia em benefício da segurança e sem abrir mão das pessoas, que deixaram o serviço mais braçal e passaram a uma função de supervisão”, explica Leonardo Demuner, Gerente-geral da Aciaria.
Os robôs foram implantados em parceria com a área de Engenharia. Ao todo, 12 funcionários foram capacitados para operar o equipamento, programado para realizar até sete funções diferentes. Como parte do processo de implementação do robô, operadores foram à Bélgica para aprender a trabalhar com o equipamento.

“Foi uma experiência muito boa viajar para outro país e participar de um projeto tão importante para a Ternium”, destacou Leonardo da Costa, morador de Santa Cruz/RJ. Ele é direto ao responder sobre os impactos do robô na área. “A segurança foi o que o equipamento nos trouxe de melhor. Antes, tínhamos proximidade com o aço líquido. Hoje, fazemos nossa função a uma distância muito mais segura”, explica o operador.

Para operar o robô, os funcionários ficam abrigados em cabines climatizadas. O projeto já foi visitado por representantes de diversas siderúrgicas, interessadas em eliminar, também, o risco da operação no lingotamento.
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Comentários

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Jose

24 de maio, 2019 | 23:52

“A Usiminas mecânicanão deu conta de fazer o serviço aq na ternium no Rio não tem muito profissionais deles aqui mas nenhum qualificado ao serviço que dispuseram a eles fazerem.nao se preocuparam em fixar profissionais qualificado em preciptador e estão pagando preço.(o famoso pegou no laço os piao)”

Carlos Oliveira

21 de maio, 2019 | 07:28

“Atuei na fase de obras. Essa usina teve um excelente planejamento é pelo visto a nova dona do negócio incorporou as propostas de uma siderúrgica de ponta.”

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